Paraná

Mulheres e Resistência

Evento destaca saberes, cultura e luta de mulheres negras e latino-americanas

Em Curitiba, a iniciativa ocorre no dia em que se comemora o Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha

Brasil de Fato | Curitiba (PR)Mulheres indígenas, negras, migrantes e latino-americanas se reúnem, na próxima quinta-feira (25), no evento “ |
O dia 25 de julho, Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, é um marco na luta das mulheres.
O dia 25 de julho, Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, é um marco na luta das mulheres. - Giorgia Prates

Mulheres indígenas, negras, migrantes e latino-americanas se reúnem, na próxima quinta-feira (25), no evento “Mulheres e Resistência”, que ocorre no espaço Rua Pagu, no bairro Juvevê, em Curitiba.

O dia 25 de julho, Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, é um marco na luta das mulheres. “Uma data para lembrar que, num país tão diverso e rico como o Brasil, ainda assim existem desigualdades sociais que atingem, na maioria das vezes, determinadas ‘raças’ de mulheres”, lembra a pedagoga da assistência social e ativista feminista, Jéssica Miranda, uma das responsáveis pela organização do evento.

“Eu enquanto mulher negra, mulher afro-indígena, acredito que levar a desconstrução do racismo para pessoas não-pretas também é uma forma de combate a essa opressão”, defende. Por isso, a importância, segundo ela, de fazer um evento que dê visibilidade para os saberes, a arte, a cultura e as lutas das mulheres negras e indígenas.

Na programação, as Djs Dani Black e Mari Bomba dividem o espaço com exposição da fotógrafa Giorgia Prates. Ninoska Potella, refugiada venezuelana, também se apresenta no evento com a proposta de manter vivas as raízes que a conectam ao país de origem através da música. Estará também no espaço o brechó da dançarina e afro-empreendedora Kaw Black. Já a bailarina Laremi Paixão apresenta o resultado de sua pesquisa e trajetória na dança afro-brasileira e africana.

Além delas, participa do evento, Camila Kanhgag, que pertence ao povo kaingang e reside na aldeia kakané Porã, em Curitiba. Depois de ter abandonado o trabalho de artesanato há 10 anos, resolveu retomar o que ela considera uma política de autenticidade: “Não é apenas comercializar os artesanatos e sim mostrar para as pessoas que a nossa arte tem uma representatividade importante e acolhedora”, explica.

Comemoração e resistência

No Brasil, a data foi instituída em 2014 pela lei 12.987, que determina o dia 25 de julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, um instrumento de afirmação das mulheres e de combate ao racismo em todos os espaços.

Serviço

Mulheres e Resistência

Quando: Dia 25 de julho

Horário: A partir das 18h30

Onde: Espaço Rua Pagu, Rua Alberto Bolliger, 120, Curitiba

Quanto: Gratuito. A organização pede somente algum consumo do bar.

Organização: Jéssica Miranda em parceira com as idealizadoras do espaço Rua Pagu

Edição: Laís Melo