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Por direitos

Empresa abandona negociação e funcionários dos Correios entram em greve

Categoria luta por manutenção de direitos, reajuste salarial e contra privatização da estatal

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Antes de cruzar os braços, os sindicatos fizeram dez reuniões com a empresa.
Antes de cruzar os braços, os sindicatos fizeram dez reuniões com a empresa. - Joka Madruga

Os trabalhadores dos Correios, organizados em 36 sindicatos e duas federações, aprovaram na noite de terça-feira (10) greve por tempo indeterminado que pretende alcançar todo o país. A paralisação começou mais forte em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo os sindicatos, cerca de 7 mil trabalhadores participaram das assembleias nessas duas capitais. 

Antes de cruzar os braços, os sindicatos fizeram dez reuniões com a empresa. Porém, a estatal abandonou a negociação sem fechar o acordo coletivo, que estava sendo mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). 

A tensão entre trabalhadores e Correios envolve várias retiradas de direitos, como a exclusão dos pais dos empregados do plano de saúde. A proposta de reajuste oferecida pela estatal foi de 0,8%, bem abaixo da inflação no período, que ultrapassou 3%. 

“A empresa abandonou as negociações e não deixou alternativas além da greve, que começou forte. A tendência é ampliar”, disse Douglas Melo diretor da FINDECT e do Sindicato dos trabalhadores dos correios de SP. 

No Paraná 

No Estado, segundo informações do sindicato local dos trabalhadores dos Correios, o Sintcom, a  greve começou na quarta-feira (11) com adesão de 70% dos trabalhadores, principalmente nos CDDs, CEEs e CEINT, além de muitas Uds e Acs, com paralisação total em todas as regiões. 

Segundo nota do sindicato, “com a ameaça de privatização, este também é o momento de discutir a importância dos Correios para a sociedade, não apenas pelos impactos causados pela paralisação, mas pela necessidade de repensar as relações de trabalho, os problemas reais do povo brasileiro como o desemprego e – principalmente – o projeto de desmonte do Estado que quer destruir o patrimônio público brasileiro.” 

Privatizações
 

Edição: Laís Melo