Rio Grande do Sul

Pela vida das mulheres

Comitê realiza atividades pelo fim da violência contra as mulheres em Porto Alegre

O objetivo é o de denunciar a precarização da Rede de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência

Porto Alegre |
O comitê tem  com o objetivo  criar mecanismos de superação de violência contra as mulheres no RS
O comitê tem com o objetivo criar mecanismos de superação de violência contra as mulheres no RS - Divulgação

Há 10 anos, a Organização das Nações Unidas (ONU), designou oficialmente o dia 25 de novembro como Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher. Em diversas partes do mundo ocorrerão manifestações de alerta e denúncia sobre a violência, ainda sistematicamente provocada contra a mulher. Em Porto Alegre o Comitê em Defesa da Vida das Mulheres, organização da sociedade civil formada por representantes do movimento feminista e de mulheres da capital e região metropolitana,  programou atividades para a tarde dessa segunda-feira, no Largo Glênio Peres, centro da capital, a partir das 15h. O objetivo é denunciar a precarização da Rede de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência.

De acordo com o Comitê, pelo menos três mulheres são vítimas de feminicídio por dia no Brasil e o Rio Grande do Sul concentra 10% de todos os casos deste tipo de crime. “No entanto, as três esferas de governo promovem um desmonte das políticas públicas para as mulheres e uma tentativa de enfraquecimento do controle social, o que cria um cenário de maior vulnerabilidade e insegurança para as mulheres”, aponta. 

O comitê foi formado com o intuito de criar mecanismos de superação de violência contra as mulheres e o fortalecimento das políticas públicas de apoio às mulheres em situação de violência, principalmente com o número de feminicídios no Estado, que aumentaram em mais de 40% entre 2017 e 2018. 

Os movimentos que integram o Comitê denunciam o descaso da Administração Municipal com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM/POA), a possibilidade de mudança de foco da Casa de Apoio Viva Maria, única mantida pela Prefeitura para acolher mulheres em situação de violência doméstica e familiar, a falta de aporte de recursos públicos e ameaça de fechamento da Casa de Mulheres Mirabal.

As atividades começarão a partir das 15h, onde ocorrerá uma assembleia de mulheres na Esquina Democrática, e às 17h inicia-se a concentração para um grande ato no Largo Glênio Peres, em que o Comitê irá denunciar a ausência de investimentos para as políticas sociais, a precarização da Rede de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência. Estão previstas intervenções culturais, declamação de poesias, oficinas de cartazes e esclarecimento sobre os diferentes tipos de violência sofridos em decorrência de gênero (física, psicológica, moral, patrimonial e sexual).

Movimentos que integram o Comitê: 

Conselho Municipal dos Direitos da Mulher
Fórum Municipal de Mulheres
Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal de Porto Alegre
Coletivo Alicerce
8M – Greve Internacional de Mulheres Porto Alegre
Movimento de Mulheres Olga Benário
Coletivo Feminino Plural
Coletivo Virgínias
Secretaria. de Mulheres do PT
Themis
Conselho Regional de Psicologia
Coletivo Feminista Marielle Vive
GRITAM/UFRGS
Coletivo Classista Ana Montenegro
Coletivo de Ocupação Feminista
Fórum de Mulheres do MERCOSUL
Coletivo Feminista As Outras Amélias
Conselho Regional de Enfermagem

* Com informações do Comitê em Defesa da Vida das Mulheres

Edição: Kátia Marko