Paraná

Saúde

Médica destaca agilidade do SUS para enfrentar coronavírus

Sistema público de saúde está formando rede para conter possibilidade de epidemia

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), já são mais de 24 mil pessoas infectadas na China - Divulgação

No final do ano de 2019, foi anunciada a descoberta de um novo agente do vírus Coronavírus na China. Este vírus existe desde meados da década de 1960 e ainda não está claro como ocorreu a atual mutação. A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu o primeiro alerta para a doença em 31 de dezembro de 2019, quando foram notificados, na cidade de Wuhan, na China, casos de uma pneumonia inicialmente em pessoas que tiveram passagem por um mercado de animais vivos.  

Segundo dados da OMS, já são mais de 24 mil casos de pessoas infectadas na China e há casos em outros países, também. No Brasil, por enquanto, são 14 casos em investigação, mas nenhum confirmado. Porém, desde as primeiras notícias, há uma rede se formando no país, a partir do Sistema Único de Saúde (SUS), para prevenção e enfrentamento se a epidemia se alastrar e chegar ao país.   

A coordenadora do Núcleo de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar do Hospital do Trabalhador do Paraná, Dra. Maria Esther Graf destaca a agilidade na formação desta rede, que é para ela, uma noticia para diminuir o pânico na população.  “Há um rede já estabelecida rapidamente no Brasil inteiro para identificar casos suspeitos. E, os estados e municípios estão organizados olhando suas particularidades.”  

Como está o Paraná  

No Paraná, em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que no dia 03 de fevereiro, foi ativado oficialmente o Centro de Operações em Emergências (COE) com o objetivo de definir as estratégias e procedimentos para o enfrentamento da situação epidemiológica relacionada ao Novo Coronavírus.  

 Segundo Esther, “já existe a escolha dos hospitais que serão referência para atendimento dos casos que vierem aparecer. Um deles é o Hospital do Trabalhador, e já vem sendo feito treinamento, do ponto de vista teórico como prático dos funcionários. Já existem protocolos de atendimentos, de recepção dos pacientes infectados, coleta de exames, instrumentos necessários, entre outros.”.  

“Não há razão para pânico”, diz médica infectologista. 

Como todas noticias sobre epidemias que levam a óbito, existe a possibilidade de gerar pânico na população. “O que temos que nos preocupar aqui no Paraná é com dengue, febre amarela. Não há Coronavírus no Brasil. Não há razão para pânico. Pânico só atrapalha a nossa resposta,” afirma Esther.  

Porém, sobre a possibilidade da epidemia que surgiu na China chegar até o Brasil, à médica não descarta, mas reafirma que o Sistema Único de Saúde (SUS) está se adiantado para enfrentar possível epidemia. “Há possibilidade da entrada, há. Mas, neste momento, o foco é na organização para conter a epidemia. Temos sim que fazer o que está sendo feito: Estruturar a rede, preparar os profissionais, definir a estrutura adequada para atendimento e atualizar a população.” 

 

Edição: Lia Bianchini