Paraná

Resistência

Exposição de fotografias apresenta Vigília do MST contra despejos em Cascavel (PR)

Com cerca de 80 imagens, a mostra será itinerante e voltada à divulgação da resistência contra os despejos no Paraná

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
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Somente em 2019, o governo do Paraná despejou nove acampamentos, deixando mais de 500 famílias sem moradia e local de produção - Ednubia Ghisi

A Vigília Resistência Camponesa: por Terra, Vida e Dignidade, localizada em Cascavel, Oeste do Paraná, vai se tornar tema de uma exposição de fotos a partir desta sexta-feira, 6 de março. A “Expofotos Vigília Resistência Camponesa” vai reunir cerca de 80 imagens sobre a rotina da Vigília e o cotidiano das famílias dos acampamentos Dorcelina Folador, Resistência Camponesa e 1 de agosto, que resistem a ameaças de despejo.

A exposição acontecerá das 14h às 20h30 no Sintrivel Sede Recreativa (Rua Portugal, 1672, Cascavel), com feira de alimentos produzidos pelas três comunidades. O objetivo é que a exposição circule em outros locais, municípios do Paraná e estados brasileiros, como forma de divulgação da luta das famílias Sem Terra em defesa de suas comunidades.

As fotografias são de autoria de pessoas acampadas e assentadas em comunidades do MST, comunicadoras populares e apoiadoras das comunidades. As imagens são de Paulo Porto, Indianara Maia, Victor Hugo, Júlio César, Ednubia Ghisi, Luana Fagundes, Diangela Menegazzi, Maikeli Gomes, Eliana de Oliveira e Indianara de Oliveira.

A iniciativa é da própria organização da Vigília, inspirada na experiência da mobilização contra o despejo da comunidade Quilombo Campo Grande, em Minas Gerais, entre 2018 e 2019, quando também foi organizada uma exposição itinerante.

O que é a Vigília

Desde o dia 28 de dezembro de 2019, as famílias das três comunidades sob risco de reintegração de posse estão em vigília diária às margens da BR 277, KM 557, em Cascavel, para denunciar os despejos e ataques do Governador Ratinho Júnior (PSD). Os acampamentos existem há cerca de 20 anos e são formados por 212 famílias, num total de 800 pessoas, entre elas aproximadamente 250 crianças.

Em 2019, o governo do Paraná despejou nove acampamentos, deixando mais de 500 famílias sem moradia e local de produção.

 

Edição: Lia Bianchini