Paraná

EDITORIAL PARANÁ 157

O pibinho e o dólão de Guedes e Bolsonaro

Infelizmente, temos setores empresariais aderindo ao projeto de Bolsonaro sem qualquer crítica

Curitiba (PR) |
E no meio dessa crise o governo retira dinheiro da mão dos trabalhadores - Jorge Araújo

A crise econômica mundial teve um novo momento sério nesta semana. A dívida das grandes empresas, o envidamento dos Estados nacionais e a falta de relação entre o investimento produtivo e os capitais que circulam na Bolsa de Valores faz com que nova crise estoure.

O mais duro é perceber como a economia brasileira está fragilizada diante desse cenário turbulento. O último informe sobre o Produto Interno Bruto (PIB) alcançou 1,1% de projeção para este ano, abaixo das promessas feitas, na casa de 2,4%.

E no meio dessa crise o governo retira dinheiro da mão dos trabalhadores, permitindo o fechamento de empresas, retirando investimentos da Petrobras (que inclusive teve queda de 29,7% nas ações) por exemplo.

Infelizmente, temos setores empresariais aderindo ao projeto de Bolsonaro sem qualquer crítica, como capachos, com um projeto voltado aos Estados Unidos. As notas da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) até mesmo justificam medidas do governo. Apesar de esses mesmos setores reconhecerem que os setores industriais em vários estados estão parados.

O governo Bolsonaro patina na economia. As forças populares e democráticas devem se unir nos dias 14 e 18 de março, nos atos nacionais, ganhar as ruas para exigir um projeto nacional, soberano e popular de país.

Edição: Pedro Carrano