O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decidiu adiar o carnaval de rua e os desfiles das escolas de samba de 2021 em decorrência da pandemia de covid-19. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (24), ao lado do governador do estado João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa.
"Finalmente batemos o martelo e estamos adiando o carnaval do ano que vem. Conversamos com vários blocos de Carnaval, os blocos tradicionais da cidade. E tanto as escolas de samba quanto os blocos entenderam a inviabilidade de organização do carnaval para fevereiro do ano que vem", disse Covas.
Relembre: Resistente, o carnaval chega em 2020 inspirado nos desfiles críticos dos anos 1980
A decisão também veio de uma demanda as próprias escolas, que, caso a data fosse mantida, as produções carnavalescas ficariam comprometidas, além do risco de contaminação ainda existente.
Tanto as escolas de samba quanto os blocos entenderam a inviabilidade de organização do carnaval para fevereiro.
Sidnei Carriuolo, presidente da Liga, afirmou ao G1 que o adiamento precisou ocorrer para as escolas conseguirem se preparar a tempo de garantir os desfiles. "Carnaval nos mesmos moldes de costume é impossível, já pensamos em adaptações. O que toma muito tempo e suporte financeiro é o preparo de fantasia e alegoria", disse.
Sem data
Até o momento, não foi definida uma nova data para o carnaval do próximo ano. A Liga das Escolas de Samba de São Paulo, no entanto, apontam para o final de maio ou começo de julho como uma data possível.
"Estamos definindo tanto com os blocos quanto com as escolas e com as outras cidades a nova data que deve se dar a partir de maio do ano que vem. Muito dificilmente ocorrerá em junho porque coincide com os festivais de São João no Nordeste. Estamos definindo ou final de maio, ou começo de julho para realização do carnaval na cidade de São Paulo", afirmou Covas.
