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Negócio da China: Eduardo Leite quer vender a CEEE por… R$ 50 mil

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"Mas além de querer entregar a empresa por R$ 50 mil, o estado quer 'perdoar' a dívida que a empresa, que agora é pública, tem com o próprio estado" - Fernando C. Vieira/CEEE
Já o povo, bom, o povo vai pagar mais caro pela energia

A CEEE fatura R$ 3 bilhões por ano, em média, segundo a própria empresa. Aí o governo Eduardo leite (PSDB) diz que a empresa tem que ser vendida por que “deve” R$ 4,4 bi de imposto pro governo. Qualquer leigo sabe que empresas privadas muitas vezes têm dívidas que são até 10 ou 15 vezes seus faturamentos, ou até mais. Por que dívida se negocia. Ainda mais se o proprietário da firma, no caso o estado, for o dono da empresa. Simples assim. Mas além de querer entregar a empresa por R$ 50 mil, o estado quer “perdoar” a dívida que a empresa, que agora é pública, tem com o próprio estado.


Print extraído de artigo da Zero Hora / Reprodução

E para isso vai injetar R$ 2,8 bilhões. Mas se perdoar, por que ela não pode seguir pública como é e como são as empresas de energia da maior parte dos países mais ricos do mundo? Aliás, nunca esquecendo que aquelas partes já vendidas pelo ex-governador Antônio Britto, pai dos privateiros gaúchos, agora já pertencem à empresa… estatal chinesa. Esta que provavelmente quererá comprar também esta outra parte que resta da Distribuição da CEEE e que atende toda a região metropolitana de Porto Alegre.

Pela privataria da época, entrega de duas partes da CEEE e entrega da CRT, o Britto ganhou o cargo de presidente do conselho de um dos maiores grupos industriais na época e foi curtir a vida.

Vai me dizer que esta entrega escabrosa é só pela “ideologia neo liberal” do guri de Pelotas?

Num negócio “da China” destes, quem ganha é quem já tem muito. Já o povo, bom, o povo vai pagar mais caro pela energia. Ou nem vai mais ter energia, por que empresa privada quer é lucro e a estatal chinesa de energia no mundo capitalista é… capitalista. Ela ganha dinheiro e lucro… para mandar pra China.

Mas quem sabe a chinesa não queira e quem compra é a empresa espanhola que comprou a estatal do Amapá há alguns anos?

Aí a gauchada vai pagar bem caro, a empresa manda o lucro pro bolso dos donos, e quando estourarem as sub-estações, a gente vai viver o apagão gaudério.

E se no Amapá a Eletrobras tá salvando, aqui não vai mais salvar. Porque o Bolsonaro e o Guedes querem “vender” a Eletrobras, que fatura R$ 16 bilhões por ano, por R$ 20 bilhões.

Tem que desenhar? Ou a gauchada vai continuar sentada, aceitando ser enrolada, mesmo com os exemplos de que este negócio só é bom pros banqueiros que ganham a pra empresa que eles vão pagar em um ano.

Ah… e pode ser boa também pro “agente” que fez o serviço.

Já pro povo… ah, pergunta pra turma lá do Amapá!

Edição: Marcelo Ferreira