A bancada do PT de Curitiba se reuniu com o presidente da Câmara de Vereadores, Tico Kuzma (Pros), no último dia 20, para solicitar medidas de segurança diante das ameaças que os vereadores Carol Dartora e Renato Freitas vêm sofrendo.
Em ofício, Dartora e Freitas sugerem a instalação de aparelhos detectores de metais nas entradas dos anexos que dão para os gabinetes parlamentares e, principalmente, no Palácio Rio Branco, onde acontecem as sessões plenárias. Pedem também cuidado redobrado dentro da instituição, formação qualificada para os servidores e cobram uma postura não violenta por parte das forças de segurança da Casa.
Kuzma requisitou aos diretores do Legislativo e de Segurança da Casa a reavaliação de todos os procedimentos instalados de segurança e de vigilância patrimonial, assim como a análise dos demais pedidos feitos pelos vereadores. O presidente da Câmara disse, ainda, que vai demandar à Escola do Legislativo "que desenvolva um curso sobre direitos humanos para os funcionários e aberto ao público externo."
"Não aceitaremos nenhuma postura assediosa e que nos coloque inseguros\as para o livre exercício dos nossos mandatos", afirmou Dartora, em suas redes sociais.
Ameaças
Primeira vereadora negra eleita em Curitiba, Carol Dartora enfrentou ataques racistas ao longo de sua campanha e até comentários do prefeito reeleito Rafael Greca (DEM). No dia 6 de dezembro, denunciou ter recebido ameaças de morte por e-mail, que citava inclusive seu endereço residencial.
Também neste mês de janeiro, Renato Freitas denunciou que homens armados rondaram a região onde mora, perguntando aos vizinhos onde seria a casa do vereador. Freitas registrou notícia-crime sobre o fato no dia 18.
