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ULTRAPROCESSADOS

“Nossas crianças não querem enlatado”, alerta extrativista sobre mudanças na merenda

Câmara aprovou retirada da prioridade de indígenas, quilombolas e assentados no fornecimento de alimento para merenda

10.maio.2021 às 09h26
São Paulo (SP)
Daniel Giovanaz

Governador Geraldo Alckmin (PSDB) teve membros de sua equipe envolvidos em suposto esquema de fraude na merenda - Flickr/Agência Brasília

Pequenos produtores e pais de estudantes da rede pública estão em alerta com o avanço do Projeto de Lei (PL) 3292/20, que muda as regras do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Na última quinta-feira (6), a Câmara aprovou o fim da prioridade de assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas e ribeirinhos como fornecedores de alimento para merenda escolar. Para entrar em vigor, o texto depende de aprovação no Senado.

O PL não altera a determinação de que 30% dos alimentos da merenda sejam oriundos da agricultura familiar. Porém, esse percentual não garante que as crianças estarão livres de produtos com agrotóxicos e ultraprocessados.

É o que teme Raimunda Rodrigues, de 31 anos, que vive na comunidade Rio Novo, na Reserva Extrativista do Rio Iriri (PA), a 1,3 mil km da capital Belém (PA).

:: Alunos de escola pública se alimentam melhor do que os da rede privada, diz pesquisa :: 

A comunidade tem 150 famílias, que produzem castanha e farinha de babaçu. Destas, 29 possuem a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que permite fornecer alimentos ao Estado.

Raimunda é a gestora da miniusina do Rio Novo, uma das unidades que processa a farinha de babaçu da marca “Vem do Xingu”.

A farinha que sai da reserva, no meio da Floresta Amazônica, abastece a cozinha de escolas nos municípios vizinhos, Vitória do Xingu (PA) e Altamira (PA). Nas mãos das merendeiras, o ingrediente é usado em tortas, bolos, biscoitos, vatapá, macarrão e dezenas de outros pratos ricos em fibras, cálcio, magnésio, fósforo e ferro.

A farinha de babaçu também substitui o amido de milho e ajuda a engrossar caldos e sopas.

“O Pnae, recebendo a nossa produção, a devolve para dentro da escola, então as crianças são alimentadas por esses produtos de qualidade”, explica Raimunda.

“A gente precisa de alimento saudável. A gente não quer receber enlatado, coisa que não vai servir para a nossa família. Os nossos filhos estão acostumados com esse produto que a gente usa na nossa comunidade”, acrescenta.

:: Alerta ultraprocessados: lei de rotulagem nutricional avança na Argentina ::


Apresentadora Bela Gil ensinou receita de biscoito com farinha de babaçu "Vem do Xingu" / Reprodução / Facebook

Além da produção e consumo de alimentos saudáveis, as compras do Pnae garantem às 29 famílias da reserva extrativista cerca de R$ 100 mil por ano.

A mudança nas regras impactaria diretamente na renda dessas comunidades, como ressaltou o agricultor paranaense Carlos Finkler, em entrevista recente ao Brasil de Fato.

Assentado desde 1999 na Lapa (PR), a 70 km de Curitiba (PR), ele chamou atenção para o risco de agravamento do êxodo rural. Sem as compras de alimentos via Pnae, milhares de famílias perderiam renda e teriam que migrar para a cidade.

:: Projeto estimula alimentação saudável nas escolas para combater obesidade infantil ::

“Nos últimos 170 anos, a prioridade que o Estado deu ao agronegócio quebrou os camponeses. Os resultados estão aí: as favelas cresceram no país afora, a violência não para de crescer na periferia. Mesmo a covid-19, nós podemos ver que mata mais na cidade do que no campo, porque aqui tem mais espaço, é possível manter distanciamento”, disse.

Entre 1963 e 2013, o fluxo de brasileiros do campo para a cidade cresceu 45,3%.

Mesmo antes da crise sanitária e do fechamento das escolas, as comunidades rurais já sentiam no bolso os efeitos do governo Bolsonaro. Com queda de 95% em 8 anos, a aquisição de alimentos pelo Estado caiu de 297 mil toneladas em 2012 para 14 mil em 2019.

Editado por: Vivian Virissimo
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