Paraná

Edição 215

Editorial | Mentir para conquistar

Bolsonaro é pior que Pinóquio. Mas não se trata de um personagem infantil, neste caso, e sim de um frio genocida

Curitiba (PR) |
Segundo levantamento da agência de checagem “Aos Fatos”, desde quando assumiu a presidência, Bolsonaro realizou 3090 declarações falsas ou distorcidas - Carolina Antunes - Agência Brasil

Jair Bolsonaro (sem partido) foi…desmascarado em mais uma mentira. No dia 7, ele disse que o número de mortes por Covid-19 teria sido elevado “em torno de 50%”, e que o Tribunal de Contas da União teria estudos “questionando o número de óbitos no ano passado”. O TCU, em pronunciamento oficial, desmentiu o fato. Questionado, Bolsonaro confessou que a “tabela” era de sua própria autoria. Bolsonaro é pior que Pinóquio. Mas não se trata de um personagem infantil, neste caso, e sim de um frio genocida.

Segundo levantamento da agência de checagem “Aos Fatos”, desde quando assumiu a presidência, ele realizou 3090 declarações falsas ou distorcidas, uma média de 3,5 por dia. Produzir mentiras é fundamental para ele e teve papel decisivo nas eleições de 2018, o que alimenta o fanatismo da base de apoio. No mínimo, a fábrica de Fake News difundidas por Whatsapp confunde a população.

O fracasso de Bolsonaro na política de prevenção e vacinação faz com que suas mentiras causem mortes. Cada morte deve ser contabilizada na sua conta. Com mentiras e “duas verdades”, como a que vimos na carta da seleção brasileira (“o problema existe, mas vamos jogar”), o governo e seus capachos disfarçam a responsabilidade pelo genocídio que cometem.

Edição: Lia Bianchini