Podemos usar nossa fantasia e imaginação como recurso ao longo de toda vida
Quando criança, você teve aquele amigão que gostava das mesmas coisas que você, te esperava na porta da escola, sentava na mesa para jantar e contava piadas, mas que ninguém mais conseguia ver ou ouvir? Se sim, você fez parte do grupo dos que tiveram amigos imaginários na infância, um fenômeno muito comum e parte do processo de natural de crescimento.
Na edição de hoje (7) do Radinho BdF crianças de diferentes regiões do Brasil contaram como são seus amigos imaginários, o que mais gostam de fazer juntos e que papel eles ocupam em suas vidas.
“Acho que toda criança teve um amigo imaginário e é muito legal! Eu tive a Stefanie e depois me apeguei com o Guilbert. Eles iam comigo para a escola e quando acabava a aula eu encontrava eles na saída”, contou a Maria Clara Lima de Carvalho, que tem 11 anos e mora em Triunfo (PE).
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Os amigos imaginários podem ser descritos como uma pessoa, um animal ou um personagem de desenho. Eles podem também ser um brinquedo ou até outros tipos de objetos. Independente disso, a dica para adultos é deixar as crianças usarem e abusarem da imaginação, oferecendo elementos para que elas possam brincar ainda mais com seus amigos imaginários.
“Meu amigo imaginário tem o cabelo clarinho, usa um boné azul, uma roupa azul e tem uma foca desenhada na camiseta”, disse Sofia Porto Nascimento, que mora no Rio de Janeiro e tem 5 anos. “Ele me ajuda a jogar o lixo fora e a arrumar meus brinquedos”.
Imaginação e pandemia
No período de isolamento social para tentar conter o avanço do novo coronavírus os amigos imaginários ficaram mais próximos de algumas das crianças entrevistadas, em especial devido a falta dos amigos reais. Longe da escola e dos espaços de lazer, os amigos imaginários deram uma forcinha para as crianças passarem por esse momento de forma mais leve e divertida.
Mas por que os amigos imaginários são tão comuns na infância? O Radinho BdF convidou a psicóloga do SUS, Fiama Zanini, para explicar esse fenômeno.
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“Os amigos imaginários são manifestações da nossa imaginação e costumam ser invisíveis para outras pessoas. Acaba sendo uma amizade exclusiva”, contou a psicóloga. “O amigo imaginário aparece muitas vezes em momentos de transição e costuma ir embora quando a gente começa a viver momentos muito legais com nossos amigos reais. Ter um amigo imaginário pode ser um fator de proteção para crianças que se sentem sozinhas ou que passaram por momento de estresse.”
Ela aproveitou para tirar uma dúvida muito comum das crianças: “os adultos também podem ter amigos imaginários?
“Muitos adultos sim, mas não é tão comum como na infância. Quando somos crianças, nossa mente ainda está se acostumando a entender o que é real e o que é fantasia, por isso os amigos imaginários são tão comuns nessa fase. Eles vão embora assim como outras coisas da nossa vida, mas podemos usar nossa fantasia e nossa imaginação como recurso ao longo de toda vida”, disse.
Histórias, músicas e brincadeiras
Os amigos imaginários são ótimas companhias para diversas brincadeiras. Nesse clima de diversão e amizade, a facilitadora de brincadeiras Janaina Oliveira trouxe várias ideias brincantes para colocar em prática, com esses companheiros que ninguém mais vê ou ouve.
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E além de brincar, as crianças são convidadas para colocar a imagina para funcionar para ouvir a história “O Grúfalo e o Ratinho”, escrito por Julia Donaldson. Na voz da contadora de histórias Léia Angélica as crianças acompanham as peripécias desse ratinho para lá de esperto, que acabou ganhando fama em todo o bosque. Por que será que isso acontece?
E na Vitrolinha BdF, as crianças podem convidar seus amigos imaginários para dançar ao som de “Amigo Estou Aqui”, da trilha sonora do filme Toy Story, “Meu Caro Amigo”, do Chico Buarque e “Imaginação”, dos Grandes Pequeninos.
Toda quarta-feira, uma nova edição do programa estará disponível nas plataformas digitais / Brasil de Fato / Campanha Radinho BdF
Sintonize
O programa Radinho BdF vai ao ar às quartas-feiras, das 9h às 9h30, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista. A edição também é transmitida na Rádio Brasil de Fato, às 9h, que pode ser ouvida no site do BdF.
Em diferentes dias e horários, o programa também é transmitido na Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), e na Rádio Terra HD 95,3 FM.
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Edição: Sarah Fernandes
