Minas Gerais

CONTRADIÇÃO

Editorial | Verde e amarelo anti-povo no mês da independência

Não há, nesse governo, projeto para o povo brasileiro.

Belo Horizonte (MG) |
Reprodução - Sara Teofilo

Chegamos em setembro, mês da independência do Brasil. Independência que nunca foi realizada. O amor à pátria serve apenas de discurso para aqueles que vendem os nossos bens naturais, negligenciam a saúde do povo e implementam um projeto de retirada de direitos que cada vez mais piora as condições de vida do povo brasileiro.

2020 produziu 41 novos bilionários e 15 milhões de desempregados

O presidente da república chama de idiota quem diz que é preciso comprar feijão em vez de fuzil, enquanto mais de 20 milhões de brasileiros passam fome. Ao mesmo tempo, o Brasil produziu, em 2020, 41 novos bilionários e, de outro lado, quase 15 milhões de desempregados. Bolsonaro se recusava a comprar vacinas e, propagando o negacionismo - contrário às medidas sanitárias -, perdemos já quase 600 mil pessoas para a covid-19. Não há, nesse governo, projeto para o povo brasileiro.       

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Em meio a essas contradições, chegamos ao dia 7 de setembro. Dia repleto de manifestações (pró e contra o Governo).  Vimos, nas ruas, de um lado, o discurso vazio de defesa da pátria, mascarando uma defesa cega de Jair Bolsonaro e em contraponto a defesa da democracia, do povo e da vida! 

Defesa da Fome x Defesa da Vida

De um lado pessoas de verde e amarelo, usando os símbolos nacionais, com mensagens de ameaça à democracia, ao STF e ao Congresso Nacional. Do outro, o Grito dos Excluídos com o lema “Vida em Primeiro Lugar”, conectado a pautas como participação popular, comida, saúde, trabalho e renda, somando forças com a Campanha Nacional Fora Bolsonaro em defesa do impeachment do presidente.

Também no dia 7 de setembro, foi o aniversário de 4 anos de duas importantes ocupações urbanas na capital mineira. A Ocupação Carolina Maria de Jesus, organizada pelo MLB e a Ocupação Pátria Livre, organizada pelo MTD, que carrega no nome a esperança da real liberdade da nação. Essas comunidades deixam uma importante mensagem: na luta popular e por direitos, junto ao povo e com organização e trabalho coletivo, é possível construir uma nova história. 

Na luta popular é possível melhorar a vida

O povo resiste e é ele quem faz a nação, por meio do seu trabalho, da solidariedade, da resistência, da luta, e assim vamos construindo o Brasil que queremos.

Afinal, que amor à pátria é esse que deseja a morte dos seus? Existe nação sem um povo? Não. Não existe. A nação só existe com um povo e é dever do Estado e seus governantes agirem para melhorar as condições de vida da sua população. É momento de reivindicar para o povo brasileiro a pátria Brasil. Que só será livre e independente se o seu povo assim o for.  

 

Edição: Elis Almeida