A partir da perspectiva do que acontece no Brasil, o Instituto Novos Paradigmas convidou ex-ministros dos Governo FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro para analisar o panorama global da democracia.
O debate “Democracia e República depois da Guerra Fria” acontece nesta sexta-feira (17), às 18h30, e será transmitido pela página do Instituto Novos Paradigmas no Facebook. O Brasil de Fato RS e o Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra) farão transmissão simultânea. No Youtube, a transmissão será pela TV DDF, canal do Democracia e Direitos Fundamentais.
O evento vai reunir Celso Amorim (ministro das Relações Exteriores de Lula e ministro da Defesa do Governo Dilma), General Santos Cruz (foi ministro-chefe da Secretaria Geral de Governo de Bolsonaro), Nelson Jobim (ministro da Justiça no governo FHC e ministro da Defesa nos governos Lula e Dilma) e Raul Jungmann (ministro do Desenvolvimento Agrário do governo FHC e Ministro da Defesa e do governo Temer).
O debate será coordenado pelo ex-ministro da Justiça e da Educação do governo Lula, Tarso Genro, presidente do Conselho do Instituto Novos Paradigmas. Mais informações no site do Instituto Novos Paradigmas.
Sucessão de crises
Segundo o INP, a sucessão de diferentes crises, em geral, tem refletido diretamente no aumento das desigualdades sociais e no crescimento de posturas de intolerância no mundo todo. Para Manuel Castells, a mãe de todas as crises é a ruptura da relação entre governantes e governados, a desconfiança nas instituições e a não legitimidade da representação política. Recentemente, a ONG Human Rights Watch emitiu um comunicado em que afirma que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está ameaçando os pilares da democracia brasileira.
“É um debate fundamental para compreender como se organizam os rumos da Democracia. Durante a Guerra Fria, havia apenas duas alternativas para os países médios do sistema mundial. Hoje, a multipolaridade de forças políticas e econômicas na ordem global já soterrou aquela condição histórica anterior. Isso significa que existem várias alternativas de comunicação, integração e intercâmbio entre os pontos de poder atualmente consolidados”, projeta Tarso.
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