Paraná

BdF-PR edição 230

Editorial | Alta dos alimentos aflige população

O governo não está preocupado com a diminuição do mercado interno e com a necessidade mais básica do povo

Curitiba (PR) |
Segundo a FAO, agência da ONU para alimentação e agricultura, a insegurança alimentar atinge cerca de um quarto da população do país. O que se agrava com a alta no preço dos itens da cesta básica - Giorgia Prates

Colocar comida no prato tem sido um desafio diário para parte considerável do povo brasileiro. Segundo a FAO, agência da ONU para alimentação e agricultura, a insegurança alimentar atinge cerca de um quarto da população do país. O que se agrava com a alta no preço dos itens da cesta básica.

Enquanto diversos países estocaram alimentos diante das incertezas da pandemia, o governo brasileiro não se planejou para enfrentar a questão. A isso se alia a alta do dólar que torna mais atrativo vender os produtos agrícolas no mercado internacional. O agronegócio está a todo o vapor exportando arroz e carne, enquanto a fome aumenta e o mercado doméstico encolhe.

O aumento do preço da comida se relaciona, ainda, aos custos da produção com energia e combustíveis, que dispararam no último período. Em lugar de priorizar uma política de contenção do valor da luz e da gasolina, fazendo uso das estatais para proteger o povo da crise, Bolsonaro prioriza a privatização da Eletrobras e o lucro dos acionistas da Petrobras.

O governo não está preocupado com a diminuição do mercado interno e com a necessidade mais básica do povo, que precisa, antes de tudo, colocar comida na mesa.

Edição: Pedro Carrano