Ricardo Nunes

Após mobilização, prefeito de São Paulo desiste de encerrar programa Cozinha Cidadã

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Ouça o áudio:

Vereadora Erika Hilton afirma que há um projeto para tornar permanente o Cozinha Cidadã a partir do início de 2022 - EVERTON CLARINDO/SMDHC

Após uma intensa mobilização da população em situação de rua, com ação judicial e protesto com greve de fome, a prefeitura de São Paulo recuou e se comprometeu a manter o programa Cozinha Cidadã até o final do ano. O compromisso foi firmado em reunião nessa quarta-feira (22), intermediada pelo presidente da Câmara, vereador Milton Leite (DEM), com o presidente do Movimento Estadual da População de Rua de São Paulo, Robson Mendonça, e a presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, vereadora Erika Hilton (Psol).

No encontro, Leite ligou para o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e intermediou a reivindicação da população de rua, de prorrogar o programa até o final do ano. O que foi aceito pelo chefe do Executivo. Mendonça, que chegou a se acorrentar na frente da Câmara e iniciar uma greve de fome contra o encerramento do programa na última segunda (20), não conteve a emoção com prorrogação do Cozinha Cidadã.

“Estou até nas nuvens de tão alegre. A corrente valeu cada centavo que eu paguei por ela. As dores que se senti de estar ali acorrentado foi uma vitória maior e o povo que teve essa vitória, não eu, a vitória é do povo. (…) O prefeito se comprometeu a continuar fornecendo comida, inclusive amanhã (nesta quinta) vão vir algumas pessoas da assessoria do prefeito para a gente conversar. Ele vai ceder até o final do ano, quando vamos estar com outros projetos para dar continuidade à alimentação do pessoal”, contou o presidente do MEPR-SP.

Erika Hilton, que negociou com Leite a reunião com lideranças da população de rua, explicou que a ideia é elaborar um projeto permanente nos moldes do Cozinha Cidadã para o início de 2022.

“O programa é importante porque, com a pandemia, aumentou-se muito a vulnerabilidade das pessoas na cidade de São Paulo. Não só daquelas que já viviam em situação de rua, mas as inúmeras famílias que foram para a rua por conta do desemprego, por não conseguirem pagar seus aluguéis. E esse é um programa que traz o mínimo de dignidade e garante que essa população não morra de fome. É um programa extremamente importante e claro, como eu disse ao seu Robson e ao presidente (da Câmara), nós temos uma grande vitória no dia de hoje, mas continuaremos batalhando, eu, enquanto parlamentar e presidente da Comissão de Direitos Humanos, para que haja uma política efetiva, fixa no que diz respeito a atender a população em situação de rua”, destacou a vereadora.

Confira a reportagem e o jornal completos no áudio acima. 

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