As principais diferenças estão no valor do ingresso e na curadoria da programação
Até o final de outubro ocorre a 3a Mostra Cinemas do Brasil que tem o objetivo de resgatar a história e incentivar a reabertura dos tradicionais cinemas de rua no país. A proposta é divulgar filmes que dialoguem com esse contexto e, ao mesmo tempo, promover debates sobre as diferenças entre os cinemas de rua e os dos circuitos comerciais, normalmente localizados dentro de shoppings centers.
“As diferenças são claras e um dos principais pontos é o preço. Quem vai ao shopping dispõe de um valor maior para pagar pelo ingresso. Já o cinema de rua dialoga com os trabalhadores, com quem está de passagem”, disse o idealizador do projeto, Eudaldo Monção, em entrevista a edição de hoje (22) do Programa Bem Viver. “A programação dos cinemas de rua está mais ligada a produções nacionais e de festivais, já a dos shoppings atraem títulos blockbuster, de grande popularidade, o que está atrelado ao valor do ingresso e a curadoria do espaço.”
Os chamados cinemas de rua são espaços para assistir filmes fora de grandes centros comerciais. Eles eram muito comuns no passado, porém perderam força para as grandes redes de cinema. Ainda funcionam salas tradicionais de rua, mas elas são cada vez mais raras.
Por isso, há três anos, a Mostra Cinemas do Brasil resgata essa história e atua para que ela seja preservada, trazendo como lema a frase “quando a sala de projeção vira personagem”. Este ano, o projeto ocorre de forma híbrida, com programações remotas, no formato online, e presenciais, espalhadas por oito cidades do país.
Genocídio ou não?
Juristas especialistas em direitos humanos defendem que existem provas de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu o crime de genocídio contra os povos indígenas durante a pandemia do novo coronavírus. A acusação foi retirada do relatório final da CPI da covid-19, apresentado nesta quarta-feira (20), que indiciou o presidente por outros nove crimes.
A discussão a respeito da decisão tomou conta do debate nacional. Alguns especialistas argumentam que é uma discussão meramente política, que diz respeito apenas do interesse de quem acusa e da opinião pública no momento. Outros defendem que é, na verdade, um debate técnico e que é possível afirmar que Bolsonaro cometeu genocídio contra povos indígenas.
Os especialistas lembram que é histórico que povos indígenas são vítimas de ações violentas e discriminatórias, seja por parte da população ou do Estado. A formação do Brasil, inclusive, começa com uma série de violações e crimes contra os povos que tradicionalmente habitavam o país.
Voluntariado com o MST
O Programa Bem Viver vai a Recife contar sobre uma iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) da região: desde agosto deste ano, o movimento lançou o projeto Roçado Solidário pelo qual voluntários podem pegar na enxada, trabalhar na terra e aprender a cultivar alimentos. Tudo o que produzido na atividade é doado para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Em média, 70 pessoas se reúnem no assentamento Che Guevara, que fica na região metropolitana de Recife, para a atividade. Esse grupo, primeiro, recebe orientações técnicas dos agricultores e depois colocam a mão na terra. Ao longo do dia, os voluntários têm uma experiência verdadeira e super produtiva.
Sintonize
O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo.
Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).
A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.
Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected]
Edição: Sarah Fernandes