Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Não é por aí

Aumento da taxa de juros não resolverá problema da inflação e dificultará geração de empregos

Economistas explicam que a política adotada pelo Banco Central desaquece a economia e pode prejudicar os mais pobres

28.out.2021 às 10h38
São Paulo (SP)
Daniel Giovanaz

Condutor da agenda econômica do governo Bolsonaro, Guedes defende reforma administrativa para enxugar máquina do Estado - José Cruz/Agência Brasil

O aumento do custo de vida vem comprometendo a segurança alimentar dos brasileiros. Sem opção, cada vez mais famílias pobres chegam ao ponto de buscar ossos e carcaças de animais para comer.

Durante a pandemia, cerca de 60 milhões de pessoas dependeram de doações para sobreviver. Mesmo quem não perdeu emprego ou renda no período sentiu no bolso os reajustes do combustível, do aluguel, da energia e do gás de cozinha.

Diante desse cenário, Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro Paulo Guedes, da Economia, vem apostando no aumento da taxa básica de juros, a Selic, para controlar a inflação.

:: Banco Central eleva taxa de juros para 7,75% ao ano ::

No entanto, basta ir ao supermercado ou a uma loja de departamentos para constatar que os preços continuam nas alturas.

Especialistas explicam ao Brasil de Fato por que essa estratégia não vem sendo bem-sucedida, e o que esperar dos próximos meses.

“A política monetária nunca tem um impacto imediato. Costuma levar um ou dois trimestres para surtir efeito”, explica Matias Cardomingo, mestre em Teoria Econômica e pesquisador do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made), da Universidade de São Paulo (USP).

“Porém, preços não são apenas resultado da interação da lei da oferta e da demanda: são determinações de escolhas políticas.”

Cardomingo cita, por exemplo, o impacto dos combustíveis nos preços de qualquer mercadoria ou serviço no Brasil. 

“A política da Petrobras, de redução da capacidade de refino e atrelamento dos preços internos ao mercado internacional, é diretamente responsável pelo aumento dos combustíveis”, ressalta o economista.

:: Combustíveis e energia alimentam inflação, e "prévia" tem maior alta para outubro desde 1995 ::

O mesmo se aplicaria ao setor de alimentos. “É possível gerar estoques públicos de alimentos para momentos de escassez. Para isso, temos a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas houve uma escolha política de não se investir”, acrescenta.

Na última quarta-feira, o Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual, de 6,25% para 7,75% ao ano, maior patamar desde 2017.

O aumento da taxa Selic supostamente ajudaria a reduzir a inflação, porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam o consumo.

“A orientação da política monetária do BC, de que a inflação se contém via juros, parte do princípio de que há uma pressão da demanda sobre a oferta, elevando o preço”, analisa Uallace Moreira, professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

“A questão é que o preço no Brasil, hoje, não é resultado da demanda. O problema da inflação são os preços administrados – por exemplo, tarifas de energia e combustível – e a falta de insumos no mercado internacional, que é um problema na perspectiva da oferta.”

Outro argumento do Banco Central é que o aumento da taxa de juros atrai investimentos de caráter especulativo. Com isso, entrariam mais dólares no país, desvalorizando a moeda estadunidense no Brasil e reduzindo os preços.

“Isso gera um custo muito alto, porque elevar juros significa elevar também a despesa pública, para aumentar a rentabilidade de ativos financeiros e alimentar o capital de curto prazo”, acrescenta Moreira.

O gasto anual, só com juros da dívida, gira em torno de 5%. Elevar juros, portanto, significa transferir mais dinheiro ao setor financeiro, que detém títulos da dívida pública.

Segundo levantamento da Instituição Fiscal Independente (IFI), elevar a Selic em 1% corresponde a R$ 53 bilhões a mais de pagamento de juros.

Política de juros dificulta recuperação econômica

A economia brasileira encolheu 0,1% no segundo trimestre. Foi o terceiro pior desempenho entre os países do chamado G-20.

Um dos efeitos da elevação da taxa Selic é justamente o desaquecimento da economia, o que dificultará a geração de empregos.

“Quando você aumenta juros, além de sobrecarregar as contas públicas e transferir renda ao setor financeiro, a possibilidade de recuperação econômica é comprometida. Isso é muito grave”, ressalta o professor da UFBA.

“A gente está com taxa de desocupação de 13,2%, mais 4,9% que não estão procurando emprego por falta de esperança. Então, o aumento de juros encarece o crédito, inibe o consumo e, portanto, inviabiliza a recuperação econômica, porque 64% do nosso PIB vem do mercado interno”, acrescenta.

Matias Cardomingo ressalta que o valor que será repassado ao setor financeiro com o aumento da Selic é superior ao custo estimado do Auxílio Brasil por fora do “Teto de Gastos”.

Auxílio Brasil é o programa de enfrentamento à miséria que substituiria o Bolsa Família.

“Vamos ter um movimento fiscal de incentivo, e um movimento contracionista da política monetária. É parecido com o que a gente viveu entre 2015 e 2016, e o saldo dessas políticas terá impacto relevante sobre a desigualdade”, finaliza o pesquisador da USP.

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: jurosSelic
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

R$43 milhões

Lula lança programa Solo Vivo no Mato Grosso ao lado de Fávaro, com entrega de máquinas agrícolas

CINEMA

Wagner Moura e Kleber Mendonça são premiados em Cannes

TERRA SAGRADA

No caminho do Nhandereko: povo Guarani revive agricultura ancestral em São Paulo

Agradecimento

Escola do MST escreve carta para família de Sebastião Salgado: ‘Semente não morre; transforma-se’

GENOCÍDIO

Escudos humanos: soldados de Israel revelam uso de palestinos para checar presença de bombas

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.