Sou favorável para que uma mulher indígena fosse a vice do Lula
A edição de hoje (10) do Programa Bem Viver vem recheada de debates relevantes para entender e refletir sobre a situação política e social do Brasil e do mundo. Um dos destaques é a entrevista com o indigenista Egydio Schwade, que dedicou à vida a luta pelos direitos dos povos indígenas no país.
Na conversa, ele destacou o desmonte das políticas indigenistas durante o governo do presidente Jair Bolsonaro e chamou à atenção para necessidade de movimentos sociais e partidos progressistas darem mais visibilidade à defesa dos povos originários. “Sou favorável para que uma mulher indígena, como a Txai Suruí ou Joenia Wapichana, fosse a vice do Lula [nas eleições presidenciais deste ano]. Faria muito sentido e agitaria as bases, como em 1989, para uma nova esperança”, disse.
Natural da cidade de Feliz, no Rio Grande do Sul, o ativista iniciou sua atuação durante a Ditadura Militar, apoiando a população indígena na luta contra a repressão. Aos 86 anos de idade, Egydio ajudou a fundar importantes entidades de apoio aos povos originários, como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a Operação Amazônia Nativa (Opan).
Ele foi um dos redatores de um documento do Partido dos Trabalhadores que versa sobre política indigenista, aprovado em 1980. Além disso, foi responsável pela fundação do partido no estado do Amazonas.
Doação de alimentos
A campanha Natal Sem Fome, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), arrecadou pelo menos mil toneladas de alimentos saudáveis que foram doados a famílias em vulnerabilidade social em diversos municípios do país.
As cestas de alimentos começaram a ser entregue logo após o Natal e a campanha se estendeu até o final da semana passada, nas cinco regiões do país. O Brasil de Fato acompanhou as ações de distribuição de alimentos em sete comunidades da cidade do Rio de Janeiro.
Música clássica para todos
Um projeto na periferia de São Paulo trabalha para desconstruir preconceitos no universo na música: há 25 anos, o Instituto Baccarelli oferece formação musical de excelência para moradores de Heliópolis, zona sul de São Paulo, ensinando música clássica e popular a crianças, adolescentes e adultos.
A iniciativa já formou grandes nomes da música clássica, que hoje fazem parte das principais orquestras do Brasil e do mundo.
“As pessoas podem pensar que nosso papel é formar músicos profissionais. A gente tem essa estrutura para quem quiser, como todo material físico e professores. Mas o principal objetivo é ajudá-los a serem seres humanos melhores. Aqui eles terão a convivência com os colegas, com os professores e terão todo apoio para sair daqui sabendo que eles pode ser o que quiserem”, diz a ex-aluna e professora de percussão no Instituto, Maryana Cavalcante Nascimento de Oliveira.
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Edição: Sarah Fernandes
