direitos humanos

Confira como ajudar comunidades mineiras atingidas pelas chuvas no Programa Bem Viver

Ao todo, 138 municípios estão em situação de emergência, com risco de rompimento de barragem e desabrigados

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Em Minas Gerais, dezenas de pessoas estão ilhadas e desabrigadas devido às fortes chuvas - Douglas Magno / AFP
Um dos locais mais afetados é a comunidade Macacos, que está ilhada, sem rota de fuga

Movimentos populares, coletivos, igrejas, prefeituras, centrais sindicais e até torcidas de futebol se mobilizam para levar água, mantimentos, máscaras e outras doações para famílias de Minas Gerais atingidas pelas fortes chuvas que atingem o estado. Ao todo, 138 municípios estão em situação de emergência, que inclui risco de rompimento de barragens, estradas interditadas, pessoas ilhadas e desabrigados. Confira como ajudar na edição de hoje (11) do Programa Bem Viver.

Um dos locais mais afetados é a comunidade Macacos, localizada em Nova Lima (MG). Ela continua parcialmente ilhada e sem nenhuma rota de fuga segura, em uma região que tem grande risco de rompimento de barragens.

O principal acesso do vilarejo para a rodovia BR 040 está alagado, porque um muro de contenção construído pela mineradora Vale está represando a água da chuva. O distrito é cercado por sete barragens, uma delas está em alerta nível 3, o que indica risco alto de rompimento.

Ontem (10), o Corpo de Bombeiros localizou os corpos de três adultos e duas crianças da mesma família, que morreram após carro onde estavam ser soterrado por um deslizamento de encosta dentro do condomínio Retiro do Bhalé, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, durante chuvas de sábado.

Ainda ontem, por conta do risco de rompimentos ou deslizamentos, diversas mineradoras suspenderam as atividades, entre elas a Vale, que paralisou os sistemas sudeste e sul no estado mineiro. A CNS Mineração também anunciou a suspensão das operações da mina de minério de Ferro Casa de Pedra, em Congonhas, a 100 quilômetros de Belo Horizonte.

Pandemia

Nas cinco regiões do país, os casos de infecção por covid-19 tem aumentado consideravelmente. No entanto, por conta da vacinação, a situação é diferente de um ano atrás, quando uma explosão de casos gerou cenários de colapso no sistema de saúde. Ainda assim, o novo coronavírus segue sendo letal e causando complicações graves.

Além disso, casos leves podem tardar muito em serem curados, nos quadros denominados de “longa covid”, nos quais os sintomas que não desaparecem mesmo após o vírus deixar o organismo. Por isso é fundamental retomar cuidados e atenções que já deveriam fazer parte do dia a dia dos brasileiros: o uso de máscara fora de casa e o distanciamento social.

Pra entender melhor qual é o atual cenário, os impactos da variante ômicron e o que deve vir pela frente, o programa Central do Brasil entrevistou o infectologista Marcos Boulos, referência no controle da covid desde o início da pandemia. Ele é professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e atua na superintendência de controle de endemias do estado de São Paulo. A conversa foi repercutida na edição de hoje do programa Bem Viver.

Saúde indígena

Movimento indígenas denunciam que, nos últimos dias do ano passado, o Ministério da Saúde lançou um edital de chamamento para que organizações não governamentais forneçam mão de obra para atuar nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas do país. Elas serão responsáveis por contratar, por exemplo, técnicos, enfermeiros e médicos.

Na opinião de indigenistas este é mais uma passo na terceirização da saúde indígena. Lideranças que são taxativas ao afirmar que o processo resulta em privatização da saúde pública. Esta não é a primeira vez que governos iniciam este movimento. Na maior parte delas, os resultados não foram os prometidos para a população.

Eventos astronômicos de 2022

Você está atento ao calendário dos fenômenos astronômicos deste ano? Estão previstos diversos eventos científicos que podem ser observados a olho nu de diferentes partes do país. Chuva de meteoros, alinhamento de planetas, eclipses e lua de sangue são alguns deles. Confira.


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O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS) e Rádio Cantareira (SP).

A programação também fica disponível na Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas: Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.

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Edição: Sarah Fernandes