A vereadora Daiana Santos (PCdoB) divulgou, através de suas redes sociais, nesta quinta-feira (20) que voltou a receber ameaças de morte pela internet através de um e-mail com o mesmo autor das ofensas dirigidas a ela e aos colegas da bancada negra de Porto Alegre, em dezembro de 2021. Na ocasião, o e-mail continha insultos de cunho racistas, lesbofóbicos e machistas.
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“Na última segunda-feira (17), logo após uma reportagem do Fantástico que falou do aumento em 270%, em três anos dos grupos neonazistas aqui no Brasil, nós recebemos mais uma ameaça. Uma ameaça dessas covardes e que vem sendo recorrentes a grupo de mulheres, negros e negras e LGBTQI+”, destacou a parlamentar.
Daiana, no desabafo, diz não aguentar mais ter que ir à Delegacia e se ausentar do trabalho na rua. “Isso é um absurdo. Por conta deste ato eu tenho saído das agendas. Não temos segurança, até então a Câmara Municipal não apresenta nenhuma modificação que nos deixe tranquilos para executar a tarefa aqui, e na rua nem se fala”, expôs.
Ressaltou ainda que até o presente momento o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), não fez nenhuma manifestação sobre as ameaças sofridas pelos parlamentares.
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“Não dá mais para tolerar essa que é uma violência que até então vem sendo institucionalizada. Exigimos uma investigação ampla para encontrar os responsáveis por mais esse crime de ódio, que seguidamente ataca os vereadores da bancada negra de Porto Alegre”, finaliza a vereadora.
No dia 4 de janeiro deste ano, a assessoria do vereador Matheus Gomes (PSOL) informou que ele recebeu, no último dia 27 de dezembro, uma nova ameaça de morte em seu e-mail institucional. A ameaça teria sido enviada pelo mesmo e-mail e tem a mesma assinatura da mensagem encaminhada à bancada negra da Câmara Municipal de Porto Alegre no dia 6 de dezembro.
“É urgente que as instituições atuem de forma conjunta e com celeridade na investigação e punição aos autores. É inadmissível que isso se torne uma prática recorrente e que não tenhamos segurança no exercício dos nossos mandatos”, frisou Matheus Gomes, que já foi ameaçado outras duas vezes.
