O primeiro jornal para mulheres no estado de Pernambuco foi o Espelho das Brazileiras, lançado em 1831. De lá pra cá, a presença das mulheres nos jornais, revistas e zines modificou bastante, seja na forma como a imprensa as retrata, seja no conteúdo produzido pelas mulheres nesses veículos de comunicação.
No Prosa e Fato desta semana, vamos conhecer a história de duas mulheres que tiveram relevante atuação na imprensa pernambucana: Isnar de Moura e Cristina Tavares.
Leia: Conheça os Pipipã, etnia quase extinta em Pernambuco que luta pela demarcação da Serra Negra
Isnar Cabral de Moura nasceu em 1909 na cidade de Timbaúba, Zona da Mata Norte de Pernambuco mas estudou em Olinda e no Recife. É reconhecida por ser a primeira mulher a trabalhar numa redação de jornal com carteira assinada na década de 1940.
Cristina Tavares nasceu em Garanhuns no agreste pernambucano em 1936. Sua vida foi marcada por uma intensa atuação política enquanto deputada federal e também profissional enquanto jornalista. Trabalhou no Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco, Visão e no Diário da Noite. Em Brasília, enquanto parlamentar pelo MDB (partido de oposição ao regime militar) foi incansável defensora de bandeiras como a democratização da comunicação, liberdade de imprensa e pela posse da terra.
Leia: Cultura e a religiosidade de matriz africana em Pernambuco são destaque no Prosa e Fato
Quem conversou conosco sobre elas foram Luiza Nóbrega, professora aposentada do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ; e Andréa Trigueiro, professora de Jornalismo Direitos Humanos da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) e da comissão de ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (SINJOPE).
O Prosa e Fato é um programa de entrevistas que debate os mais diversos temas a partir de uma visão popular e vai ao ar na Rádio Paulo Freire 820 AM todas as segundas às 12h, na Rádio Brasil de Fato e também nas principais plataformas de streaming, como Spotify e Google Podcasts.
