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Fóruns sociais da Resistência e Justiça e Democracia iniciam nesta terça (26) em Porto Alegre

Organização reforça urgência dos eventos e convida para a marcha de abertura, que terá transmissão pelo BdF RS

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Coletiva de Imprensa do Fórum Social Mundial ocorreu na Assembleia Legislativa - Foto: Luiza Castro/Sul21

Porto Alegre volta a respirar ares de esperança e de luta a partir desta terça-feira (26), quando tem início, de forma conjunta, o Fórum Social das Resistências (FSR) e o Fórum Social Mundial Justiça e Democracia (FSMJD). Na manhã desta terça-feira (26), dia da marcha de abertura - que ocorre às 17h - as organizações realizaram um café da manhã com a imprensa, servido no Armazém do Campo, a fim de reforçar os objetivos e a programação dos eventos.

:: Clique aqui para assistir à marcha de abertura ::

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A marcha de abertura nesta terça tem início às 17h. Até sábado, centenas de debates e atividades culturais reunirão diversas entidades e movimentos de todo o Brasil. O Brasil de Fato RS vai transmitir alguns debates dos Fóruns nos próximos dias através de sua página no Facebook e, nesta terça, junto um grupo de imprensa alternativa e comunicadores populares, realiza a transmissão da marcha de abertura. Confira abaixo a transmissão e a programação completa:

Fórum Social das Resistências: Programação | Inscrições

Fórum Social Mundial Justiça e Democracia: Programação | Inscrições

Fóruns preparatórios

Os fóruns são preparatórios para o Fórum Social Mundial que ocorre no México, entre os dias 1º e 6 de maio. O FSMJD terá atividades focadas na transformação do sistema de justiça e na defesa da democracia, reunindo membros do judiciário com movimentos sociais para repensar as estruturas que perpetuam as desigualdades.

Já o Fórum das Resistências traz movimentos sociais e organizações que para debater saídas para as crises que se abatem sobre o mundo e o Brasil, que penalizam a população mais pobre e vulnerabilizada e o meio ambiente.


Coletiva com representantes dos dois fóruns que iniciam hoje em Porto Alegre / Foto: Marcelo Ferreira

O forte sentido simbólico da realização dos dois eventos ao mesmo tempo na capital foi destacado por Paula Freitas, uma das integrantes do FSMJD que falou durante a coletiva.

“Acreditamos que isso é uma indicação clara da necessidade que tem surgido no mundo e que no Brasil tem se expressado tão bem, das resistências mais ampliadas”, disse ela, que integra a Rede de Estudos e Monitoramento Interdisciplinar da Reforma Trabalhista (REMIR-Trabalho).

Ela lembrou que não foi fácil mobilizar tantas pessoas, organizações e movimentos em período pandêmico e com todos os obstáculos criados pelo governo federal.

:: Programa Bem Viver acompanha preparação para Fórum Social Mundial, no México ::

“Temos enfrentado com todas as coragens e disposições para tentar superar e trazer o debate das questões que acreditamos serem importantes para a superação desse momento político mais amplo, mas também para o fortalecimento das forças sociais”, completou.

“Vivemos uma terrível crise ambiental, guerra, risco nuclear, avanço do neofascismo, crise social com desregulamentação do trabalho. É nesse contexto de resistência dos povos que se inserem os objetivos do Fórum Social das Resistências”, explicou Raul Carrion. Conselheiro do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), ele foi um dos que falou na coletiva pela organização do FSR.

Leia mais: Fóruns sociais da Resistência e Justiça e Democracia divulgam programação e convidados

Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), também pelo FSR, destacou ainda que o mundo inteiro vê o avanço de forças neofascistas. Lembrou também que o ultraneoliberalismo tem um projeto de extinção de parte da população, como ficou claro na pandemia da covid-19, momento no qual, se não fosse o SUS e as forças democráticas, muito mais gente teria morrido no Brasil.

“Essa integração dos dois fóruns vem para mostrar para o mundo que existe sim a possibilidade de nós vivermos numa sociedade onde haja justiça e democracia, e que através da resistência a gente pode vencer esse momento”, disse Pigatto.

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira