machismo

Programa Bem Viver discute objetificação da mulher na publicidade e propaganda

Edição desta segunda (13) também debate dívidas ambientais e cuidados com fogueiras e fogos durante as festas juninas

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Dissertação de mestrado da pesquisadora Patrícia Nunes embasou legislação para barrar propaganda machista em Natal (RN) - Paulo Carvalho/ Agência Brasil

Você já deve ter se deparado, em algum momento, com propagandas machistas. Trata-se de peças em que mulheres são colocadas como equivalentes a um produto. A exposição dos corpos femininos é uma das características desse tipo de publicidade que ainda persiste, mesmo diante do debate intenso acerca da objetificação pautado especialmente pelo movimento feminista. 

Essa realidade foi comprovada pela dissertação de mestrado da publicitária Patrícia Nunes. Ela constatou que a presença de propagandas de cunho machista era algo corriqueiro em outdoors espalhados pelas ruas de Natal RN), cidade onde fez a pesquisa de campo. 

O estudo de Nunes embasou um projeto de lei da vereadora da capital potiguar Brisa Bracchi (PT), que foi sancionado recentemente. 

Na edição desta segunda-feira (13), o programa Bem Viver traz uma conversa com a publicitária, que segue com o tema da publicidade machista como objeto de pesquisa, agora, no doutorado. 

“Ela incentiva diversas violências, discursos que objetificam esse corpo para venda daquele produto ou daquela marca. O corpo está ali, despido ou seminu, muitas vezes até fragmentado em recortes de parte do peito, das coxas, do quadril, associado ao produto ou a marca, com objetivo de venda e lucro”, explica Nunes. 

Dívidas ambientais

Outro assunto desta edição são as dívidas ambientais de desmatadores com o Brasil. Segundo o Observatório do Clima, os valores somam mais de R$ 240 milhões, que referem-se a infrações cometidas desde 2004. 

Segundo a entidade, os crimes contra o meio ambiente causaram emissões de mais de 10 milhões de toneladas de gás carbônico, volume superior ao que é emitido pela Costa Rica, por exemplo.

Pular fogueira?

A fogueira e os fogos de artifício estão entre os símbolos das festas juninas e julinas. Mas são necessários alguns cuidados para evitar acidentes. 

Quem alerta é o coordenador do centro de queimaduras da Sociedade Brasileira de Queimaduras, Flavio Narduz, em entrevista à Radioagência Nacional. 

“Os fogos de artifício trabalham com pólvora e isso é um risco muito grande, então, em primeiro lugar, deve ser trabalhado por pessoas habilitadas a utilizar, claro, nunca depois do consumo de bebida alcoólica”, orienta. 

Brincadeiras como pular fogueira, segundo o médico, também devem ser desestimuladas para não prejudicar a diversão. 


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Edição: Geisa Marques