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Coluna

A fome que mata

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Tudo o que foi construído com muito esforço, foi completamente destruído por um governo que tapa os olhos para os pobres e governa para os ricos - Foto: Leonardo de França/Brasil de Fato
Após o golpe contra Dilma, a fome voltou a ser realidade e, no governo Bolsonaro, bate recorde

De acordo com dados divulgados pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), 33 milhões de brasileiros passam fome no Brasil. Ao todo, 125 milhões de brasileiros vivem em insegurança alimentar, ou seja, com condições reduzidas de se ter uma refeição. Isso é resultado da política neoliberal de Paulo Guedes e de Bolsonaro, que jogaram os pobres na sarjeta.

É um aumento substancial em relação aos últimos anos. Para se ter uma ideia, mesmo com a pandemia acelerada em 2020 e 2021, o Brasil fechou o ano passado com 19 milhões de pessoas passando fome. O aumento progressivo em um curto período de tempo é resultado da destruição dos programas sociais implantados pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

O Brasil erradicou a fome e saiu do Mapa da Fome mundial devido às políticas públicas de alimentação básicas criadas durante o governo Lula e aprimoradas no governo Dilma. Entre 2002 e 2013, caiu em 82% a população de brasileiros em situação de subalimentação. Após o golpe de Estado contra a presidenta Dilma, a fome voltou a ser realidade e, no governo Bolsonaro, bate recorde.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2004 e 2013, a insegurança alimentar despencou de 8,2% da população para 3,6%. Em 2014, no último ano do primeiro mandato de Dilma, o Brasil deixou o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

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Um levantamento da Penssan, a partir de dados do IBGE, aponta para a mesma conclusão. Em 2013, 77,1% dos lares brasileiros estavam em situação de segurança alimentar, hoje mais da metade da população vive em insegurança alimentar.

Olhar para trás e pensar o futuro

É preciso olharmos para trás e observar que o Brasil já foi referência mundial no combate à fome e que as políticas públicas, desse passado não muito distante, podem mudar o futuro de milhões de brasileiros, concedendo esperança de dias melhores. É uma lástima presenciarmos pessoas morrendo de fome, pessoas se queimando com álcool ao cozinhar, pois não possuem condições mínimas de comprar um botijão de gás. É triste e estarrecedor.

Tudo o que foi construído com muito esforço, foi completamente destruído por um governo que tapa os olhos para os pobres e governa para os ricos. Que ignora a fome, a ciência, o extermínio do povo negro nas periferias, a dignidade humana.

É um caminho que parece não ter saída. Precisamos de uma solução imediata: Luiz Inácio Lula da Silva – o homem que tirou o país da Mapa da Fome e foi condecorado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o título de “Campeão mundial na luta contra a fome”.

“Lula, você deu o que há de mais importante ao povo: a esperança. O Brasil alcançou todos os objetivos do milênio”, disse a então diretora-executiva do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), Josette Sheeram, na cerimônia de premiação, no ano de 2010.

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Lula é conciliador, estadista, um democrata que respeita as instituições, que possui boas relações diplomáticas com os líderes do mundo inteiro e que, acima de tudo, ama o Brasil.

O meu desabafo hoje é por todos que, neste momento, não possuem o que comer, não têm como se agasalhar no frio, não possuem um teto para dormir. A minha dor é deles. Pelo ronco no estômago de cada um de vocês, eu falo: nós iremos mudar este país. Vamos à luta!

Andréia de Jesus é deputada estadual de Minas Gerais pelo PT.

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Este é um artigo de opinião e a visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal

Edição: Larissa Costa