O discurso oficial do governo de Jair Bolsonaro (PL) estimula a proliferação de incêndios criminosos na Amazônia, Cerrado, Pantanal e outros biomas ameaçados pela ação predatória do agronegócio.
Essa á a avaliação de Bárbara Dias, coordenadora da Articulação Agro é Fogo, entrevistada da edição deste sábado (5) do Bem Viver na TV, programa produzido pelo Brasil de Fato
Criada em 2020, na esteira da série de incêndios na Amazônia que Bárbara classifica como "catastróficos", a articulação conta hoje com mais de trinta organizações, incluindo movimentos sociais, organizações sociais, brigadas indígenas e comunitárias, e coletivos de audiovisual dentro dos territórios. O foco de atuação é monitorar, sistematizar e denunciar casos e conflitos que envolvam incêndios criminosos.
"Quando a gente olha pra esses incêndios criminosos, a gente percebe que eles incidem exatamente em áreas de conflito, onde estão em conflito com territórios de povos indígenas e comunidades rurais e camponesas", explica. E isso, segundo ela, não é coincidência.
"Primeiro que tem muitos territórios, por exemplo indígenas e territórios quilombolas que eles não estão demarcados, não estão identificados ainda. Ou estão num processo muito demorado de demarcação, e isso fragiliza esses territórios. O outro ponto são os incentivos diretos dados pelo Governo Federal pra que esses incêndios ocorram por meio de políticas que são claramente, assim, anti-indígena, como o marco temporal", disse Bárbara, em entrevista ao Programa Bem Viver.
"Os discursos do governo tem sido mesmo assim o motor que gera esses incêndios de forma muito desenfreada."
E tem mais…
Na contramão da alimentação orgânica, o Alimento é Saúde traz um estudo inédito do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que constatou a perigosa presença de resíduos de agrotóxicos nos alimentos ultraprocessados.
Já o Momento Agroecológico mostra o impacto da conquista da certificação orgânica do óleo de babaçu produzido pela Cooperativa de Pequenos Agricultures Agroextrativistas de Lago do Junco (COPPALJ).
Criada em 1991, a cooperativa tem capacidade de produzir 5 toneladas de óleo por dia, gerando renda direta para 900 famílias de quebradeiras de coco de babaçu e indireta para outras 2 mil famílias da região.
Essa renda foi ampliada quando a cooperativa conseguiu a certificação do óleo pela IBD, a maior certificadora de produtos orgânicos e sustentáveis da América Latina.
"Com o selo, que veio a valorização do nosso babaçu. Antes a gente quebrava 10 kg de coco para comprar um quilo de arroz. Hoje você troca um quilo de coco por um de arroz e ainda sobra", explica Maria das Dores, quebradeira de coco de babaçu de Lago do Junco.
Onde assistir
Nas redes sociais do Brasil de Fato (Facebook e YouTube); na TVT, no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC; na TVCom Maceió, no canal 12 da NET; na TV Floripa, também no canal 12 da NET; na TVU (Universitária) Recife no canal 40 UHF digital; na TVE Bahia, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital, e UnBTV em Brasília no Canal 15 da NET.
Quando
Na TVT: sábado às 13h30; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h.
Na TVCom: sábados às 10h30, com reprise domingo às 10h.
Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h.
Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30.
Na UnBTV: sextas-feiras às 10h30 e 16h30.
Sintonize
No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.
O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.
Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected].
