O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta segunda-feira (13), duas medidas com impacto na atividade dos catadores e no processo de reaproveitamento de materiais recicláveis e reutilizáveis no Brasil. Uma delas foi o relançamento do Plano Pró-Catador, batizado em homenagem ao advogado Diogo Sant'Ana, militante da causa dos catadores de material reciclável.
Um decreto assinado por Lula instituiu o Programa Diogo Sant’ana Pró-Catadoras e Catadores para a Reciclagem Popular, que é a recriação do antigo Programa Pró-Catador, extinto pelo governo anterior, chefiado por Jair Bolsonaro (PL). O nome da política foi uma homenagem reivindicada pelos próprios movimentos de trabalhadores de materiais recicláveis.
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Quem foi Diogo Sant'Ana?
Diogo Sant'ana morreu em 31 de dezembro de 2020 em um acidente no bairro da Lagoa, em Florianópolis (SC). Em 2010, quando trabalhava no governo federal, foi o responsável pela criação do Pró-Catador.
Depois do golpe contra Dilma, com quem também trabalhou, se tornou um importante apoiador do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), uma das principais entidades de trabalhadores da área.
Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), Diogo Sant'Ana cursou mestrado em Administração Pública pela Harvard Kennedy School e voltou à USP para fazer doutorado.
No Brasil, foi sócio de Vinícius Marques, atual ministro da Controladoria-Geral da União – de quem era próximo desde o movimento estudantil. Os dois filhos e a esposa que Diogo de Sant'Ana deixou estiveram na cerimônia da manhã desta segunda, no Palácio do Planalto, e foram homenageadas por Lula.
Esposa e filhos de Diogo Sant'Ana receberam homenagem das mãos de Aline Souza, catadora que vestiu a faixa presidencial em Lula na posse / Ricardo Stuckert
Edição: Thalita Pires
