Os trabalhadores do metrô, da Companhia Paulistana de Trens Metropolitanos(CPTM) e da Sabesp iniciaram uma greve, nesta terça-feira, por 24 horas. Eles cobram melhores condições de trabalho e contra o plano de privatização destas empresas tocado pelo governo de Tarcísio de Freitas, que afirmam, só trará prejuízos para a população.
José Paggian, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema), participou do Central do Brasil nesta terça-feira(03) e explicou que será difícil convencer o governador a mudar de ideia sobre os planos de vender estatais.
"Essa questão da privatização é ideológica do governador. O que ele entende de modelo de Estado é esse Estado mínimo, sempre com esse viés privatista de entregar e tornar mercadoria tudo que possa dar lucro. É difícil haver espaço para convencimento. Neste sentido, o projeto do Tarcísio precisa ser derrotado", explicou.
Paggian explica que o foco da mobilização é alertar a população para os possíveis prejuízos, caso o governo do estado avance com os planos de privatização, e cita exemplos de outras empresas que passaram a vivenciar problemas constantes após a negociação.
"Infelizmente, é implementado um projeto hoje no estado de São Paulo privatista de Estado mínimo, contra os interesses dos trabalhadores, da classe trabalhadora, do povo de São Paulo e, nesse sentido, a gente entende que o problema precisa ser resolvido. Esse projeto precisa ser derrotado não pelos trabalhadores das categorias, mas por todo povo de São Paulo".
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Paggian também cita a importância de o governo do estado lançar um plebiscito, para consultar a população sobre a privatização. Só depois disso, avalia o sindicalista, o governo teria legitimidade para iniciar estudo e avançar com os planos de negociação das empresas públicas.
"Dentro dessa possibilidade de algum diálogo, a gente está tentando exigir que o Estado faça, através de mecanismos legais, um plebiscito oficial. Nós entendemos que é fundamental que a população opine sobre a privatização", concluiu.
A entrevista completa está disponível na edição desta terça-feira(3) do Central do Brasil no canal do Brasil de Fato no YouTube
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