O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) realizou, na manhã desta segunda-feira (16), uma audiência pública com Carlos Borges, superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Bahia. A atividade faz parte da Jornada Nacional por Terra e Comida de Verdade para o Povo, que tem o intuito de pressionar o governo federal a avançar nas políticas de implementação da reforma agrária.
Entre as pautas apresentadas estão o cadastramento imediato, feito pelo Incra, das centenas de famílias que vivem em área de acampamento – só na Bahia existem mais de 31 mil famílias acampadas.
Também foram cobrados investimentos em políticas públicas para a produção de alimentos saudáveis, mais créditos e compra de alimentos da agricultura familiar pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e também mais investimento para o Programa Nacional de Educação e Reforma Agrária (Pronera).
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A jornada segue com atividades também nesta terça-feira (17), com doação de alimentos produzidos pelos assentamentos e acampamentos do MST em todo o estado, doação de sangue, mutirões para limpeza de escolas, entre outras atividades.
Na audiência com o Incra, militantes de todas as regionais organizadas pelo MST na Bahia apresentaram as pautas dos acampamentos e assentamentos. Eliane Oliveira, da direção estadual do MST, explica que a audiência debateu demandas com órgãos estaduais e federais, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Eliane Oliveira na audiência desta segunda (16) no INCRA / Cadu Souza
“A gente pediu também uma audiência com o ministro do MDA, com o objetivo de discutir os perímetros irrigados e as áreas ocupadas no nosso estado. Seguimos também o objetivo de discutir a nossa pauta com o governo do estado, como infraestrutura, saúde, educação e outras”, detalha. Na tarde de ontem, o MST também realizou uma reunião com a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) para tratar das demandas de água e saneamento nos assentamentos.
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Jornada do MST na Bahia também teve doação de alimentos produzidos por acampamentos e assentamentos / Cadu Souza
O MST destaca que a jornada de mobilizações ocorre frente a uma necessidade concreta de combater a fome e a miséria de milhões de brasileiros. Por isso, o movimento cobra do Governo Federal medidas concretas e efetivas para superação destas. “Entendemos que tal combate passa, necessariamente, por uma política de Reforma Agrária efetiva e concreta, com um orçamento correspondente à importância desta política”, afirma em nota.
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