O município do Rio vai assumir a gestão do prédio da antiga Estação Leopoldina, na região central. O anúncio fez parte do lançamento do Programa de Democratização dos Imóveis da União, na última segunda-feira (26), que prevê a destinação de imóveis abandonados ou inutilizados do governo federal para interesses públicos.
A revitalização do histórico imóvel da Estação da Leopoldina, na Avenida Francisco Bicalho, passa a ser responsabilidade da gestão municipal. De acordo com o prefeito Eduardo Paes (PSD), o terreno de 124 mil m² vai abrigar a Cidade do Samba da Série Ouro, um centro de convenções e um conjunto habitacional.
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O acordo foi assinado pelo presidente Lula (PT), o prefeito e a ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, no Palácio do Planalto, em Brasília. A cooperação técnica inclui a área que compreende as linhas férreas da antiga estação de trem para uma ocupação de múltiplo uso, com moradia popular e equipamentos sociais.
"A ideia é que ele seja ocupado, por exemplo, por escolas técnicas do Governo Federal. Também queremos fazer um centro de convenções, em parceria com o setor privado, ao lado do prédio antigo. E, na parte de trás, um conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, além da Cidade do Samba 2. Então, essa é a direção que vamos caminhar. Agora é detalhar projetos e avançar nisso. É uma grande conquista para a cidade", afirmou Paes.
Além da reforma do prédio da estação, o projeto prevê um centro de convenções e um conjunto habitacional no terreno ao lado / Divulgação/Prefeitura do Rio
A União também anunciou que vai regularizar a situação do prédio que pertencia ao INSS e atualmente abriga a ocupação Vito Giannotti. O programa Minha Casa Minha Vida Entidades vai ajudar na reforma do imóvel, beneficiando 26 famílias.
História
A Estação Ferroviária Barão de Mauá, conhecida como Leopoldina, foi inaugurada em 1926 e funcionou até meados de 2002, ligando o Rio de Janeiro a Petrópolis, na Região Serrana, e aos estados de São Paulo e Minas Gerais. O nome é uma homenagem ao pioneiro da ferrovia no Brasil.
A histórica estação está abandonada há anos, sendo utilizada em parte como depósito de trens antigos sucateados. A instalação foi fechada quando teve seu direito de uso cedido à Supervia, e as linhas foram aos poucos remanejadas para a Estação Central do Brasil.
Projetada pelo escocês Robert Prentice, a Estação Barão de Mauá é um símbolo arquitetônico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac).
