Uma nova pesquisa de intenções de voto nas eleições dos EUA mostrou a vice-presidente, Kamala Harris, na frente do candidato republicano, Donald Trump. O estudo da Reuters/Ipsos, feito após a desistência de Joe Biden para concorrer, indica 44% dos votos para a provável candidata democrata, contra 42% de Trump. Nos Estados Unidos, as eleições presidenciais são indiretas.
A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 23 de julho, e ouviu 1.241 pessoas em todo o país. A margem de erro é de três pontos percentuais, para baixo ou para cima. Esse foi a primeira pesquisa feita após o presidente Joe Biden ter anunciado o abandono da corrida presidencial e manifestado apoio para Kamala Harris.
Sondagem anterior que já analisava uma eventual disputa entre Harris e Trump, realizada nos dias 15 e 16 de julho, mostrou um empate técnico com 44% cada.
A publicação da Reuters/Ipsos, no entanto, aponta em seu estudo que "embora as sondagens nacionais forneçam sinais importantes do apoio americano aos candidatos políticos, normalmente apenas alguns Estados fazem pender a balança nos EUA", se referindo aos estado-pêndulos – swing states, em inglês – que costumam definir os pleitos no país.
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Ainda de acordo com a pesquisa, ao responder à pergunta sobre qual dos candidatos era "mentalmente apurado e capaz de lidar com desafios", cerca de 56% dos eleitores apontaram a democrata Kamala Harris, enquanto 49% que responderam a favor de Donald Trump. Apenas 22% dos eleitores avaliaram Biden desta forma.
Kamala Harris ainda não foi confirmada oficialmente como candidata à presidência dos EUA, mas já recebeu o apoio da maioria dos delegados na Convenção do Partido Democrata. A decisão final sobre a nomeação de Harris deve acontecer no início de agosto, antes da Convenção Nacional Democrata, que será realizada em Chicago, de 19 a 22 de agosto.
Nesta terça-feira (23), a vice-presidente realizou o seu primeiro comício de campanha e aproveitou o evento para atacar o republicano Donald Trump, afirmando que as eleições dos EUA serão "uma escolha entre a liberdade e o caos".
"Estamos focados no futuro, o outro, está focado no passado. Trump quer fazer nosso país retroceder", afirmou a vice-presidente.
O discurso foi realizado em Wisconsin, considerado um dos estados-pêndulos que podem determinar as eleições presidenciais.
