Israel libertou o primeiro grupo de palestinos após o cessar-fogo com o Hamas, na madrugada desta segunda-feira (20). No total, 90 pessoas foram libertadas, sendo todas mulheres e menores de idade.
Pouco antes, três israelenses também foram libertadas pelo movimento islamista palestino em Gaza. Emily Damari, de 28 anos, Romi Gonen, de 24, e Doron Steinbrecher, de 31, "cruzaram a fronteira para o território israelense" e “estão a caminho de casa”, informou o porta-voz do exército de Israel, Daniel Hagari.
Os palestinos libertados e aqueles que foram forçados a sair de suas casas, ao voltarem para Gaza, encontraram bairros inteiros destruídos e irreconhecíveis. "Chegamos aqui às 6 da manhã e encontramos uma destruição em massa, algo nunca visto. Não resta nada no Norte que valha a pena para viver", disse o palestino Walid Abu Jiab, em Jabaliya, à AFP.
Rana Mohsen, que também retornou a Gaza no domingo, afirmou que apesar de ter encontrado apenas escombros, o momento foi desejado. "Minha alegria é indescritível. Finalmente estamos em nossa casa. Não sobrou nada, apenas escombros, mas é nossa casa. Temos sorte porque parte do teto ainda está intacta", disse Rana, de 43 anos e mãe de três filhos.
"A magnitude da destruição é inimaginável. Edifícios e lugares emblemáticos desapareceram completamente, como se fosse uma cidade fantasma ou abandonada", afirmou também à AFP.
O Hamas promete libertar, em 7 de outubro de 2023, mais 30 pessoas que foram capturadas, conforme acordo da primeira fase da trégua, de 42 dias. Do outro lado, ainda não se sabe o número exato de palestinos que serão libertados por parte de Israel.
Em 15 meses de intensos ataques, mais de 46 mil palestinos foram mortos e 90% da população de Gaza foi forçada a sair de suas casas.
