O policial militar Luan Felipe Alves Pereira, flagrado jogando um homem de uma ponte na zona sul de São Paulo em dezembro de 2024, virou réu por tentativa de homicídio. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público (MP), mas o PM vai responder em liberdade após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que considerou a prisão preventiva uma “antecipação de pena”.
As imagens da agressão mostram o momento em que Pereira arremessa Marcelo Amaral, de 25 anos, de uma altura de quase quatro metros, no bairro da Vila Clara. Segundo o MP, a vítima só sobreviveu porque caiu de joelhos e não bateu nenhum órgão vital. Tanto as investigações da Corregedoria da PM, quanto da Polícia Civil concluíram que houve tentativa de homicídio. O policial foi indiciado nos dois inquéritos.
Amaral relatou que foi agredido com cassetetes e ameaçado pelo policial antes de ser arremessado da ponte. Disse ainda que não foi abordado formalmente, não tinha passagem pela polícia e estava apenas pilotando uma moto quando os PMs o perseguiram. Com lesões na cabeça, em um córrego embaixo da ponte, a vítima foi socorrida por um motorista que viu a sua situação e a levou até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Ao virar réu, o policial passa a responder formalmente por tentativa de homicídio na Justiça. O caso agora segue para a fase de instrução, em que testemunhas são ouvidas e provas são analisadas. Se a Justiça entender que há indícios suficientes, o PM será levado a julgamento.
O soldado Luan Felipe Alves Pereira já havia sido investigado por outro homicídio, ao matar um homem com 12 tiros em Diadema, em 2023. O caso foi arquivado após o MP alegar legítima defesa.
