A iniciativa de realizar os primeiros debates nos períodos eleitorais já é uma tradição da Rede Bandeirantes.
Apesar do formato bastante engessado dos debates, é um meio em que a parte da população mais interessada na política toma conhecimento dos candidatos. Acompanhei blocos dos debates do Paraná, Rio e SP.
Aqui no Paraná, sem Ratinho no debate, e com candidatos inexpressivos, o veterano Requião, candidato do PT, aproveitou o espaço para vender o seu peixe e convocar, mais uma vez, o ocupante do Palácio Iguaçu para a arena da disputa eleitoral.
Ratinho segue fingindo que não disputa uma reeleição.
A tática da “não eleição” é a opção adotada até aqui pelo péssimo governador do Paraná.
Resta saber até quanto tempo essa operação vai funcionar politicamente.
Ratinho Junior, no momento lidera as pesquisas, mas Roberto Requião é um político que cresce na esteira dos embates, e já venceu adversários mais consistentes e em condições mais duras.
Ratinho é frágil, e sabe disso.
Outra nota: me chamou atenção, o despreparo e a diminuta formação política dos candidatos dos pequenos partidos de esquerda — PCB, PSTU, PCO — organizações partidárias sem lastro eleitoral e social — ou seja, voto, que precisavam apresentar candidatos mais preparados, com maiores capacidades de divulgação e propaganda de seus projetos políticos.
Perdem uma boa oportunidade, e se mostram organizações caricatas quando falam em nome dos trabalhadores.
No Rio, Marcelo Freixo mostrou preparo e não poupou o principal adversário, o bolsonarista Cláudio Castro, que foi o alvo principal dos outros postulantes.
*Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.