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Unicrab: iniciativa inédita reúne mais de 200 cooperativas da reforma agrária popular

Associação foi criada em prol de cooperativismo eficaz no combate à fome e em pró ao desenvolvimento do campo

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Lançamento da Unicrab aconteceu durante o Encontro Nacional de Cooperativas das Áreas de Reforma Agrária, em Luziânia (GO) - Cyla Ramos

Em iniciativa inédita, mais de 200 cooperativas fundaram a União Nacional das Cooperativas da Reforma Agrária Popular do Brasil (Unicrab). O objetivo é garantir uma aliança no combate à fome e em busca do desenvolvimento do campo.

O lançamento aconteceu durante o Encontro Nacional de Cooperativas das Áreas de Reforma Agrária, que aconteceu na última semana em Luziânia (GO). A Unicrab tem representação em todo o território nacional.

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A proposta prevê a centralização estrutural e organizacional para auxiliar cooperados de diferentes partes do país em processos como produção, agroindustrialização, comercialização, financiamento e organização de cadeias prioritárias. A decisão de criar a Unicrab foi tomada em comum acordo por cooperativas da Reforma Agrária Popular nas cinco regiões do país.

A articulação foi fundada buscando a erradicação da pobreza a partir da geração de emprego e renda e da oferta de soluções para promoção da dignidade humana e qualidade de vida. Para isso, entidades e associações que atuam na produção agrícola com viés agroecológico e sustentável estarão juntas.

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A criação da Unicrab é resultado de um processo histórico de amadurecimento organizativo de cooperativas e outras organizações da reforma agrária. A partir da rede permanente estabelecida, será possível envolver cooperativas e representantes da sociedade civil em prol de políticas públicas para promoção da produção agrícola.

"Sem reforma agrária, nós não vivenciamos, nós não construímos a cooperação e o cooperativismo. Sem reforma agrária, nós não temos possibilidade de produzir agroecologicamente", destacou Clarice Rodrigues, integrante da coordenação do setor de produção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Edição: Camila Salmazio