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PAPO ESPORTIVO | Futebol não é lugar para homofobia

Homofobia não faz parte do esporte. De nenhum deles. Nem da história de nenhum clube

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Parte da torcida do Atlético-MG parece ter se esquecido da história do clube de Belo Horizonte
Parte da torcida do Atlético-MG parece ter se esquecido da história do clube de Belo Horizonte - Bruno Cantini / Atlético-MG
Homofobia não faz parte do esporte. De nenhum deles. Nem da história de nenhum clube

Caro amigo, se você acha que as coisas estão muito chatas hoje em dia e que não se pode mais falar nada, recomendo que você não leia esta coluna. Vá fazer outra coisa, ler um livro, sei lá. Mas deixo claro que o assunto que quero tratar aqui é muito mais sério do que um simples xingamento vindo das arquibancadas.

Acredito que todos aqueles que acompanharam a rodada de final de semana do Brasileirão devem ter visto parte da torcida do Atlético-MG cantando que um certo candidato à presidência do Brasil iria “matar os viados” durante o clássico contra o Cruzeiro. Ao mesmo tempo, algumas torcidas ainda insistem no grito de “bicha” quando o goleiro do time adversário vai cobrar o tiro de meta. E isso sem mencionar outros tipos de manifestação.

O Atlético-MG soltou uma nota oficial no dia seguinte na qual afirma que tais atitudes não fazem parte da sua história. E não fazem mesmo. Como esquecer do atacante Reinaldo, um dos melhores do Brasil nos anos 1970 e 1980? Os mais novos podem acessar o YouTube e ver como ele comemorava seus (inúmeros) gols. Reinaldo levantava o punho direito num gesto que lembrava o dos militantes do movimento dos Panteras Negras nos Estados Unidos. Nem preciso dizer que o jogador teve problemas com representantes do regime militar que faziam parte da antiga Confederação Brasileira de Desportos.

Homofobia não faz parte do esporte. De nenhum deles. Nem da história de nenhum clube. Não me venham com esse papo de que isso “faz parte da zoação do futebol” e que “estão querendo acabar com as brincadeiras dos torcedores”. Uma coisa é a zoação sadia. Outra é a humilhação de quem simplesmente é diferente de você. Precisamos de empatia e de educação. E não de xingamentos.

Os problemas do Flamengo vão muito além do campo

A diretoria rubro-negra optou pela permanência do técnico Maurício Barbieri. Só que os problemas do Flamengo não serão resolvidos apenas com a troca do treinador. Some o elenco mal montado com as bravatas dos dirigentes que parecem se importar apenas com as eleições no final do ano. E Eduardo Bandeira de Mello tem boa parcela de culpa pelos insucessos do time.

Será que o Vasco terá algum dia de paz?

Cheguei a pensar que o Vasco teria um pouco de paz depois do empate com o Flamengo no último sábado (15). Mas ficou só na expectativa mesmo. O clima nos bastidores segue fervendo e as perspectivas para o futuro são tenebrosas. Falta tudo no clube. O Vasco precisa de muito mais do que um simples empréstimo. Precisa é de gente séria comandando a instituição.

Fluminense inicia mais uma etapa na Copa Sul-Americana

Tudo bem que a lesão do atacante Pedro enfraquece e muito o time do Fluminense. Só que os comandados de Marcelo Oliveira têm totais condições de conquistar um resultado positivo diante do Deportivo Cuenca. Elenco para isso o Tricolor das Laranjeiras tem. E um título internacional seria excelente num momento em que o Fluzão passa por um momento tão delicado.

Partida contra o Bahia pode ser divisor de águas para o Botafogo

Que o torcedor do Glorioso não se engane: o jogo contra o Bahia nesta quinta-feira (20) é importantíssimo para a temporada. Primeiro pelo fato de se tratar de uma competição internacional. E segundo pelas pretensões do Botafogo na temporada. Se o time mostrar a mesma fibra da vitória contra o América-MG, as chances dos comandados de Zé Ricardo aumentam consideravelmente.

Grande abraço e até a próxima!

Edição: Jaqueline Deister