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PAPO ESPORTIVO | Brasil quer sediar a Copa do Mundo Feminina em 2023

Brasil terá forte concorrência na disputa para ser a sede do próximo Mundial Feminino

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Copa do Mundo de Futebol Feminino
Copa do Mundo de Futebol Feminino - Lucas Figueiredo / CBF
Brasil terá forte concorrência na disputa para ser a sede do próximo Mundial Feminino

É oficial. O Brasil foi um dos dez países que manifestaram interesse de sediar a próxima edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino, que acontece em 2023. Argentina, Bolívia, Colômbia, Austrália, Nova Zelândia, Japão, África do Sul e as Coreias do Sul e do Norte (estas em candidatura conjunta) são os concorrentes do nosso país na disputa. De acordo como a FIFA, esse é o maior número de nações a formalizar interesse em sediar o Mundial Feminino desde a primeira edição do evento, ocorrida em 1991.

Cada confederação nacional terá que registrar sua candidatura na FIFA até o próximo dia 16 de abril. O processo de escolha é semelhante ao da Copa do Mundo Masculina. Os países terão que cumprir uma série de requisitos pedidos pela entidade que comanda o velho e rude esporte bretão e apresentar seus projetos. Como estamos falando de futebol feminino, o incentivo à modalidade em cada país será analisado e levado em consideração. O anúncio da sede da Copa do Mundo de 2023 deve ser feito no mês de março do próximo ano. E dentre os candidatos, nenhum sediou uma edição do Mundial Feminino.

É inegável que o futebol feminino cresceu muito no Brasil nos últimos anos. O sucesso internacional de jogadoras como Marta (eleita por seis vezes a melhor do mundo), Cristiane e Formiga, a obrigatoriedade dos clubes brasileiros por parte da CBF e da Conmebol na formação e manutenção de equipes femininas e o próprio interesse do torcedor (principalmente do público feminino) na modalidade foram fatores determinantes nesse processo. Mas todos concordam que ainda existe muita coisa a ser feita. Principalmente na divulgação e cobertura do futebol feminino pela grande mídia esportiva e em uma melhor organização das nossas competições. Difícil não perceber, por exemplo, que clubes grandes como Palmeiras, São Paulo, Botafogo, Fluminense e outros só montaram equipes femininas por conta da determinação da CBF e do perigo de não disputarem o Campeonato Brasileiro.

Dentre os candidatos à sede da Copa do Mundo de Futebol Feminino, é difícil não enxergar um certo favoritismo nas duas Coreias por conta do processo de reaproximação entre os dois países que vem sendo implementado nos últimos anos. Ao mesmo tempo, países como Austrália e África do Sul também pintam como candidatos fortes. O Brasil ainda tem a estrutura da Copa do Mundo Masculina de 2014 e os bons públicos nos jogos do Santos na Vila Belmiro e do Iranduba na Arena da Amazônia. Mas a já citada falta de incentivo presente nos últimos anos pode ser um obstáculo forte. Difícil não colocar nosso país como uma “zebra” nessa disputa.

Lembrando que o Brasil está no Grupo C da Copa do Mundo da França, que acontece entre os dias 7 de junho e 7 de julho deste ano. A Seleção Brasileira estreia no dia 9 de junho contra a Jamaica e ainda enfrenta Austrália e Itália na fase de grupos.

Edição: Brasil de Fato (RJ)