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China criará escolas de futebol infantil para desenvolver o esporte no país

País tem como projeto conseguir ser campeão da Copa do Mundo

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China se classificou uma única vez para uma Copa do Mundo
China se classificou uma única vez para uma Copa do Mundo - Ana Cristina Campos
País tem como projeto conseguir ser campeão da Copa do Mundo

Nos anos 90, o futebol japonês teve um boom de investimentos. Grandes nomes internacionais desfilaram por gramados nipônicos. Entre os brasileiros, Zico, Zinho, Evair e César Sampaio são apenas alguns dos exemplos. Mas a fase não durou muito tempo. 

Anos mais tarde, quando a China passou a contratar jogadores do mundo todo a peso de ouro, a associação com o Japão ocorreu naturalmente. No entanto, imaginar que o interesse dos chineses por futebol irá passar em breve pode não ser correto. Existe um projeto no país asiático, do qual o presidente Xi Jinping é um grande entusiasta. 

As grandes contratações de jogadores e treinadores de renome passa por esse plano. Alexandre Pato, Vanderlei Luxemburgo, Luís Felipe Scolari e Hernanes são alguns dos brasileiros que estiveram por lá recentemente. A ideia é que este intercâmbio com profissionais experientes ajude a melhorar a técnica dos jogadores chineses e a formar comissões técnicas competentes. 

Mas não para por aí. Os chineses estão promovendo parcerias com clubes brasileiros, com intercâmbio de jogadores das categorias de base trocando de país. Além disso, passaram a comprar clubes menores em vários locais, incluindo no Brasil. 

O governo Chinês também anunciou que serão criadas centenas de escolas infantis especializadas em futebol. A ideia é melhorar o nível de formação dos futuros jogadores. O país, que se classificou uma única vez para a Copa do Mundo, tem como projeto conseguir ser campeão mundial e se tornar uma potência no esporte.

Os indícios mostram que o interesse chinês no futebol tende a ser mais duradouro do que o japonês. Má notícia para os torcedores brasileiros, que devem continuar perdendo seus jovens craques para a Europa e os jogadores mais experientes para a China.

Edição: Aline Carrijo