Governo Bolsonaro

Jornal Brasil Atual Edição da Tarde | 3 de março de 2021

Cenário de casos e óbitos hoje é pior do que o de julho/agosto, diz coordenador do Observatório Fiocruz Covid-19

Ouça o áudio:

Trabalhador passa por túmulos das vítimas da covid-19 no cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus (AM) - 25 de fevereiro de 2021 - MICHAEL DANTAS / AFP

O Brasil registrou mais 1.910 óbitos por covid-19 e 71.704 contágios nas últimas 24 horas, segundo informações do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) desta quarta-feira (3). O número total de mortes pela doença no país chega agora a 259.271.

Observatório Fiocruz Covid-19, publicou um boletim extraordinário na terça (2), em que afirma que "pela primeira vez, desde o início da pandemia, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos, de óbitos, a manutenção de níveis altos de incidência de SRAG, alta positividade de testes e a sobrecarga de hospitais".

Para falar sobre o agravamento da crise sanitária sob governo Bolsonaro, o Jornal Brasil Atual Edição da Tarde, recebe o coordenador do Observatório Fiocruz Covid-19, Carlos Machado. O pesquisador afirmou que o país precisa agir rapidamente para que o cenário não se torne ainda pior: "as ferramentas que nós temos para agir já envolvem: uma ação concertada entre os diferentes atores e setores; campanhas de mobilização e conscientização da sociedade para o uso de máscaras, distanciamento físico e social; adoção de medidas mais restritivas da circulação e das atividades não essenciais nos períodos mais críticos e a busca imediata de ampliar a capacidade de vacinação no país, ao mesmo tempo que fortalecer a nossa capacidade de vigilância e identificação de novas variantes; isso sem falar no apoio aos grupos mais vulneráveis que estão sofrendo um duplo impacto: o da pandemia e o da pobreza". 

Confira também no jornal a entrevista ao vivo com o presidente da CUT- São Paulo para falar sobre o Dia Nacional de Mobilização nesta quinta-feira (4). Centrais sindicais realizarão atos pelo país com três reivindicações: retorno do auxílio emergencial de R$ 600, plano nacional de vacinação e medidas de proteção ao emprego. 

No caso de São Paulo, estão previstas mobilizações das centrais sindicais em portas de fábricas. Além disso, líderes e militantes sindicais farão atos logo cedo, por volta de 5h, nas estações do Brás e da Luz, áreas de grande concentração na região central, e nos terminais de ônibus da Lapa (zona oeste) e de Santo Amaro (zona sul).

O jornal ainda traz entrevista com o economista e Assessor econômico na Câmara dos Deputados/PSOL, David Deccache, para falar sobre a saída, sob governo Bolsonaro, do Brasil do ranking das 10 maiores economias do mundo. O país foi ultrapassado por Canadá, Coreia do Sul e Rússia e ainda pode cair para 14º lugar, em 2021.

Confira todos os destaques do dia e o jornal completo no áudio acima. 

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O Jornal Brasil Atual Edição da Tarde é uma produção conjunta das rádios Brasil de Fato e Brasil Atual. O programa vai ao ar de segunda a sexta das 17h às 18h30, na frequência da Rádio Brasil Atual na Grande São Paulo (98.9 MHz) e pela Rádio Brasil de Fato (online). Também é possível ouvir pelos aplicativos das emissoras: Brasil de Fato e Rádio Brasil Atual.

Edição: Mauro Ramos