Há pouco mais de uma semana, a bancada feminista do Psol conquistou liminar que obrigava a Prefeitura de São Paulo a distribuir tablets com chips para os estudantes das escolas públicas municipais. Porém, a prefeitura entrou com recurso para suspender a liminar e o Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido. A Bancada Feminista do PSOL promete recorrer da decisão.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, prometeu tablets e chips com acesso à internet para os estudantes das escolas públicas municipais em agosto do ano passado. Nove meses depois a promessa não se concretizou.
No final de abril, a bancada feminista do Psol em conjunto com o movimento Famílias Pela Vida – composto por pais de alunos matriculados na rede pública municipal, conseguiu liminar que dava a prefeitura de São Paulo um prazo de 10 dias para realizar a distribuição dos 465 mil tablets com acesso à internet para os estudantes. O prazo venceria na próxima segunda-feira (17).
Mas, a prefeitura entrou com recurso para suspender a liminar e o Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido. De acordo com estudo divulgado pela Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, que avaliou os impactos da pandemia na aprendizagem dos estudantes do estado, os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental são os que mais sofrem com a defasagem, principalmente em matemática.
Mell Kague, mãe e membro do movimento Famílias Pela Vida, explica que a defasagem do ensino público já existia antes da pandemia. O que acontece desde o ano passado "é um aumento exponencial da defasagem de ensino em todos os níveis", diz Kague.
A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo é vista como absurda pela covereadora Silvia Ferraro. As parlamentares da bancada tentarão, junto ao movimento Famílias Pela Vida, reverter a decisão da Justiça de SP.
*Com informações de Larissa Bohrer.
Confira a reportagem de Larissa Bohrer da RBA, e todos os destaques do dia no áudio acima.
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Edição: Mauro Ramos
