Fome

MP e Defensoria Pública querem que prefeitura de São Paulo prorrogue programa cozinha cidadã

JBA ainda recebe Teresa Maia da secretaria do Projeto Brasil Popular para falar do curso Dilemas da Sociedade Brasileira

Ouça o áudio:

Terminar com esse programa agora é temerário porque a população de rua vai ter fome", diz Alderon Costa do Comitê PopRua - MEPR/Divulgação

O Ministério Público e a Defensoria Pública de São Paulo querem que a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) mantenha a distribuição de marmitas para a população em situação de rua por meio do programa Cozinha Cidadã.  Depois de reduzir drasticamente o atendimento dessa população, a prefeitura informou que vai encerrar o programa no próximo sábado (25).

Criado para garantir a segurança alimentar à população de rua, o programa entregou mais de 3 milhões de refeições em um ano e meio de implementação. Até abril deste ano, a prefeitura chegou a distribuir 10 mil refeições por dia em sete subprefeituras da capital paulista, atendendo tanto a população de rua como outras pessoas em situação de vulnerabilidade social. Em ação ajuizada na quarta-feira (15), os órgãos avaliam que o município está encerrando o programa de forma abrupta, sem o devido planejamento ou a oferta de outra estratégia eficiente de segurança alimentar.

Para o coordenador da Associação Rede Rua, Alderon Costa, conselheiro do Comitê PopRua da secretaria municipal de Direitos Humanos, o projeto deveria continuar. “Com essa realidade da pandemia foi criado um programa que é excelente, porque ele pega duas pontas em crise e une, um ajuda a outro. O restaurante que estava fechado começa a produzir refeição para ser distribuída a quem estava com fome, que é a população de rua”, explica o coordenador.

“A avaliação que temos é que (o programa) teve bom funcionamento. Houve problemas pontuais de comida azeda, as vezes sobre a quantidade, mas isso foi sendo resolvido, acompanhado e fiscalizado. Então, no nosso entendimento, esse é um programa que deveria continuar e ser pensado até pelo menos o final do ano, em que teremos mais clareza de para onde vai a questão da pandemia. Porque, nesse momento, ela não acabou. E terminar com esse programa agora é temerário porque a população de rua vai ter fome”, adverte, em defesa da distribuição de marmitas.

Jornal Brasil Atual Edição da Tarde também recebe Teresa Maia, da secretaria nacional do Projeto Brasil Popular, (PBP), para falar sobre o curso Dilemas da Sociedade Brasileira organizado pelo PBP, Escola Nacional Florestan Fernandes, Escola Nacional Paulo Freire, Instituto Tricontinental e Instituto Conhecimento Liberta.

Confira o jornal na íntegra no áudio acima

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O Jornal Brasil Atual Edição da Tarde é uma produção conjunta das rádios Brasil de Fato e Brasil Atual. O programa vai ao ar de segunda a sexta das 17h às 18h30, na frequência da Rádio Brasil Atual na Grande São Paulo (98.9 MHz) e pela Rádio Brasil de Fato (online). Também é possível ouvir pelos aplicativos das emissoras: Brasil de Fato e Rádio Brasil Atual.

Edição: Rede Brasil Atual