Desmonte

População exige que prefeitura de SP não feche Centros da Criança e do Adolescente no Butantã

Coluna Plenos Poderes do JBA analisa terceira via eleitoral, economia e atos Fora Bolsonaro de 2 de outubro

Ouça o áudio:

Comunidade do Butantã se manifesta contra fechamento dos Centros da Criança e do Adolescente Clarisse Ferraz Wey e Gracinha - Guilherme Piazzaroli/Jornalistas Livres

Moradores da região do Butantã, na zona oeste de São Paulo, reivindicam que a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), garanta a continuidade do atendimento de assistência social de crianças e adolescentes. Na próxima semana, dois Centros da Criança e do Adolescente serão fechados, deixando centenas de famílias sem atendimento. 

Com o encerramento das atividades dos Centros da Criança e do Adolescente Clarisse Ferraz Wey e Gracinha, marcado para o próximo dia 8, moradores do Jardim Jaqueline, na zona oeste da capital paulista, ainda não sabem se o atendimento das mais de 300 crianças e adolescentes será restabelecido.

A Associação pela Família, organização que geria os serviços, rompeu o contrato com a prefeitura de São Paulo em junho desse ano e até agora a gestão do prefeito Ricardo Nunes não apresentou uma solução. Junto com o circo escola da comunidade São Remo, fechado no primeiro semestre, os serviços atendiam milhares de pessoas na região, oferecendo atividades socioculturais, formação profissional e alimentação.

Na última quarta-feira, famílias das crianças e adolescentes atendidos realizaram uma manifestação em frente à Secretaria Municipal de Assistência Social e à prefeitura de São Paulo, reivindicando a continuidade dos serviços e a abertura de mais vagas na região.

A líder comunitária Nívia Santos explicou que, desde 2015, "foram fechadas cerca de 1.500 vagas de atendimento para crianças e adolescentes na região". 

 Além da reabertura dessas vagas, a comunidade reivindica a abertura de 500 novas vagas, ressaltando que a região tem alto índice de vulnerabilidade social, o que foi agravado com a pandemia e a crise econômica.

Em nota, a gestão Nunes informou que os Centros para Crianças e Adolescentes serão continuados por meio de parcerias com outras organizações, mas não apresentou um prazo para efetivar a mudança. Também informou que a Universidade de São Paulo cedeu oficialmente o prédio onde está instalado o Circo Escola São Remo, possibilitando sua reforma, mas também não apresentou prazos.

Confira a reportagem e o jornal completos no áudio acima. 


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