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Como se manter seguro com nova cepa e festas de fim de ano? O Programa Bem Viver responde

Médico dá dicas de como evitar o contágio durante encontros comuns nas celebrações do Natal e do Ano

Ouça o áudio:

Medidas de proteção individual devem ser mantidas, como o uso da máscara e a escolha por lugares ao ar livre - Télam
O acompanhamento das notícias vai nos ajudar a ser mais ou menos rígidos

Como se manter seguro e evitar contágios pelo coronavírus com a circulação de uma nova cepa e a proximidade das festas de fim de ano? Essa dúvida, que vem preocupando muita gente, ganha espaço na edição de hoje (29) do Programa Bem Viver, que debate também o que a ciência já sabe sobre a variante Ômicron, identificada na África do Sul, e a importância de avançar com a vacinação em todas as regiões do mundo.

De acordo com o médico de Família e Comunidade, Aristóteles Cardona, é fundamental acompanhar as notícias para embasar decisões sobre encontros de fim de ano. “Essa leitura vai nos ajudar a ser mais ou menos rígidos nos cuidados", disse em entrevista ao podcast A Covid-19 na Semana. “Por ora, é possível pensar encontros e viagens sem se descuidar, evitando aglomerações, se reunindo com poucas pessoas, em locais abertos e usando máscara. São cuidados que somados nos ajudam a diminuir os riscos de contagio pelo vírus.

Vale atentar que, apesar de ter mais de 60% da população completamente vacinada, o Brasil possuí desigualdades entre estados. Em alguns, o índice de pessoas que completaram o esquema vacinal é inferior à 40%.

“Existem duas formas de encarar a situação: uma é achar que já está resolvido, o que é um grande equívoco. Outra é entrar em alarmismo. Eu vejo um cenário positivo devido a vacinação, mas precisamos nos manter vigilantes, com os cuidados individuais. As instituições de pesquisa, por outro lado, devem continuar monitorando o que acontece em outros países”, disse.

Natal sem Fome

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deu início a tradicional campanha Natal Sem Fome, uma iniciativa que prevê distribuir alimentos de qualidade para famílias pobres em periferias de diversas cidades do país.

Para isso, serão distribuídas milhares de cestas de natal para pessoas em situação de vulnerabilidade, que incluem alimentos in natura, produzidos de forma orgânica pelos trabalhadores ligados ao movimento. A campanha tem como objetivo garantir que as famílias atendidas passem as festas de final de ano com fartura.

Mais uma vez, diversas celebridades apoiam a iniciativa e ajudam na divulgação das ações, como a cozinheira Bela Gil e a apresentadora Xuxa. Quem quiser apoiar pode fazer transferência por pix, usando como chave o e-mail [email protected].

Jornalismo negro

Cada vez mais, veículos de imprensa vêm tratando com seriedade a questão racial, mas o que é defendido nas reportagens e editoriais se reflete nas contratações?

Uma pesquisa recente, elaborada por diversas iniciativas, revelou que apenas 10% dos profissionais de imprensa se autodeclararam negros ou negras. A maior parte (60%) dos profissionais em cargos de coordenação e chefia são brancos. Ao todo, 98% dos jornalistas que se declaram pretos e pardos relataram dificuldades para se desenvolver na carreira.

Apesar dos dados, desde o século 19 a história do jornalismo brasileiro está estritamente ligada à população negra. O primeiro veículo formal de jornalismo negro nasceu em 1833, chamado “Homem de Cor”, que circulou por mais de 40 anos. Antes dele, diversas iniciativas de comunicação social já defendiam ideias anti-racistas pelo país.

Hoje existem diversos exemplos de jornalismo feito exclusivamente por pessoas pretas ou que são especializados na temática racial, fora da mídia tradicional. Os projetos “Alma Preta”, “Primeiros Negros” e “Negrê” são alguns exemplos.

Xilogravura

A xilogravura, uma técnica de impressão de desenhos que nasceu na China, por volta do século 9, vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil e já está incorporada na cultura nacional, ganhando características próprias.

O Brasil de Fato conversou com artistas que usam a xilogravura como uma forma de expressar reivindicações sociais e lutas por direitos. Uma das entrevistadas explicou que é por meio dessas manifestações que ela consegue amplificar a atuação do movimento feminista da região. Os artistas defendem que a xilogravura é uma maneira de perpetuar aspectos culturais que às vezes acabam sufocados pela chegada de outras tecnologias.

Na xilogravura – técnica conhecida no país pela literatura de cordel – os desenhos são talhados em madeira e carimbados em papel. No geral, o resultado sai em preto e branco, mas alguns artistas exploram cores no trabalho. Os traços são variados, indo de desenhos bem detalhados a riscos mais grossos.


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Edição: Sarah Fernandes