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No Central do Brasil, pesquisadora analisa como a crise habitacional afeta a população pobre

Para Anie Figueira, arquiteta e mestre em planejamento urbano, o poder público tem apagado os problemas das periferias

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O programa vai ao ar de segunda a sexta, sempre às 19h45 - Agência Brasil
O mercado financeiro se beneficia da falta de habitação das pessoas

Desde a chegada da pandemia no Brasil, em 2020, mais de 23 mil famílias foram expulsas de suas casas, de acordo com dados da Campanha Despejo Zero. A quantidade de despejos se soma ao cenário de crise urbana que várias cidades brasileiras vivem. As fortes chuvas que afetaram principalmente Minas Gerais, São Paulo e Bahia evidenciaram como os modelos das cidades vulnerabilizam as famílias pobres, que sofrem com as consequências destes problemas sociais e episódios climáticos.

A Diretora Sindical do Sindicato dos Arquitetos do Distrito Federal e pesquisadora, Anie Figueira, participa do Entrevista Central e analisa os desafios da moradia e direito à cidade enfrentados nos últimos anos.

"Existe uma desigualdade na forma que a cidade é ocupada. Os centros das cidades são privilegiados com saneamento, transporte e outros direitos básicos. Quanto mais se distancia do centro da cidade mais é negado o acesso a esses direitos. Quanto mais longe do centro urbano você estiver, mais invisibilizado e apagado será o problema do seu território", avalia.

A pesquisadora também expõe que os eventos climáticos como chuvas, calor extremo ou frio intenso tomam proporções maiores em comunidades periféricas, que não possuem estrutura e políticas públicas para combater a desigualdade dentro das cidades.

" O racismo ambiental fica claro quando, por exemplo, vemos estrutura nos grandes centros urbanos para não sofrerem com alagamentos, porque são populações privilegiadas pelo poder público. Enquanto isso, as pessoas das periferias, que são grande parte racializadas, ficam semanas sem energia. O papel do poder público é de prevenção para que a ação vá direto na raiz do problema de moradia no Brasil".

E tem mais!

Dados divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central apontam que a inflação no Brasil deve subir 5,44% em 2022. O Nacional aborda como este aumento afeta na vida dos trabalhadores brasileiros.

O editor do Boletim Ponto, Miguel Stédile, participa do Embarque Imediato e avalia as condições do trabalho no Brasil e como essa precarização precisa ser debatida nas eleições deste ano.


A Parada Cultural  indica o lançamento do livro de poesias intitulado “Caboclos, Poetas e Zumbi: poesias soteropolitanas” e o podcast “Poesias Baianas”  do jornalista, escritor, poeta e podcaster Moisés Costa Pinto. A ideia dos projetos é disponibilizar um espaço para declamações de poesias e debates sobre a cultura baiana, o recôncavo e a capital Salvador.

Sintonize

Para acompanhar o Central do Brasil, basta sintonizar a TVT em uma antena digital, interna ou externa. Na grande São Paulo, o canal é o 44.1 (sinal digital HD aberto); na NET o canal é o 512 (NET HD-ABC); no UHF, a sintonia é 46; 13 na NET-Mogi; e Canal 12 na Vivo São Caetano do Sul.

A sintonia da Rádio Brasil Atual é 98,9 FM na Grande São Paulo. Também é possível acompanhar a programação radiofônica pelo site do Brasil de Fato.

Quem está fora de São Paulo, pode sintonizar a TVT com a parabólica, via satélite. É necessário direcionar a antena para StarOne C3 Freq: 3973 Mhz Pol: Vertical, DVB-s2; SR: 5000 FEC ¾. Confira mais informações neste link.

Dados da menor estação receptora

Antena: Embrasat modelo RTM 2200Std
Focal-Point
Diâmetro 2,2m
Ganho de recepção no centro do Feixe (Dbi) 37,5
G/T da estação (dB/K) 18,4

 

Edição: Matheus Alves de Almeida