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Programa Bem Viver: em peça de teatro inédita, cineasta Jorge Frutado debate crise política

Nova produção do diretor estreia neste final de semana, representando um debate entre Lula e Bolsonaro

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Cineasta Jorge Furtado esteve a frente de dezenas de filmes, séries e novelas e foi amplamente premiado pelo seu trabalho. - Divulgação/ UFRGS
São Paulo vive crise humanitária com aumento expressivo da população em situação de rua

A edição de hoje (10) do Programa Bem Viver traz programação de gala: uma entrevista exclusiva com o cineasta Jorge Furtado, referência na produção audiovisual brasileira, que esteve a frente de dezenas de filmes, séries e novelas e foi amplamente premiado pelo seu trabalho.

Neste final de semana, ele lança uma peça de teatro inédita representando um debate entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. Intitulada “O Debate”, a encenação cria um evento histórico que nunca ocorreu, mas pode acontecer esse ano, já que ambos são pré-candidatos à presidência da república nas eleições de outubro.

O que ainda divide opiniões é se o debate entre os presidenciáveis deve ou não ocorrer. Furtado revelou que, na opinião dele, não acha necessário e espera que Lula ganha no primeiro turno.

Crise humanitária nas ruas

O Censo das Pessoas em Situação de Rua em São Paulo, divulgado no último mês, dá a dimensão da crise humanitária enfrentada na capital paulista: entre outubro e dezembro de 2021, pelo menos 32 mil pessoas viviam nas ruas da cidade, 7.500 pessoas a mais do que o registrado no último levantamento, em 2019. Percentualmente, o crescimento é de 33%.

Para o Padre Júlio Lancellotti, referência em ações de solidariedade para pessoas em situação de rua, a cidade vive uma verdadeira crise humanitária. Ele acredita que os números devem ser ainda maiores, pois muitas pessoas não foram consultadas nem contabilizadas.

Além do crescimento expressivo da população em situação de rua, o perfil dessas pessoas também tem se alterado. No passado, por exemplo, não era comum encontrar famílias inteiras vivendo em uma barraca e agora é.

Foi registrado também um aumento expressivo de mulheres e pessoas LGBTQIA+ nessas condições. Esse grupo acaba se tornando alvo de um acúmulo de violências por conta de discriminações transfóbicas.

Para entender a dimensão do problema, a reportagem do Brasil de Fato conversou com famílias que até então nunca tinham passado por algo parecido e sempre tiveram renda para pagar as contas. Nos últimos anos a realidade mudou: perderam emprego e os bicos não dão mais conta de comprar a comida e bancar o aluguel.

Brasil na OMS

O Brasil terá, novamente, uma representante no Comitê de Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), grupo de pesquisadores responsável por embasar do órgão em recomendações para aprovação de fármacos que vão para a lista de medicamentos essenciais.

O nome brasileiro já é conhecido: a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) Margareth Dalcolmo. Desde o início da pandemia ela é uma das representantes da ciência nacional engajadas em explicar para a população o que está ocorrendo e o que cada um e uma deve fazer para se proteger do vírus.


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Edição: Sarah Fernandes