Paraná

Pacotaço

Servidores ocupam a Câmara Municipal de Curitiba e votação do 'pacotaço' é adiada

Ocupação durou 12 horas e garantiu parte das revindicações

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Manifestantes ocuparam o prédio para reivindicar que 'pacotaço' fosse tirado de votação
Manifestantes ocuparam o prédio para reivindicar que 'pacotaço' fosse tirado de votação - Joka Madruga

Para impedir a votação de quatro projetos de lei do pacote de medidas de ajuste fiscal apresentadas pelo prefeito de Curitiba, Rafael Grega, cerca de 350 manifestantes ocuparam a Câmara Municipal no fim da tarde de terça-feira (13). Diante da pressão popular e após 12 horas de ocupação, a tramitação do pacotaço foi suspensa até a próxima terça (20). 

Além da suspensão do “pacote da maldade”, a resistência do grupo também garantiu uma reunião com o secretário de governo, Luiz Jamur, com intermediação do Ministério Público. Diante desses avanços, os manifestantes deliberaram por desocupar a Câmara, mas a greve dos servidores se mantém. 

Entenda o caso

Os ocupantes cobraram diálogo com os vereadores e reivindicaram que o conjunto de propostas do pacotaço seja tirado de votação. Quatro dos 12 projetos de lei que compõem o pacote deveriam ser votados no dia 13. 

Conhecidos como “pacote de maldades”, os projetos de lei são denunciados pelos sindicatos por retirarem direitos dos trabalhadores e da população, enquanto preservam privilégios de grande empresários.

Os quatro projetos que estavam previstos para serem votados na terça-feira congelam salários, plano de carreiras, sacam R$ 600 milhões do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC), além de criarem a Lei de Responsabilidade Fiscal Municipal, que achata os investimentos em serviço público.

Mobilização

Cerca de sete mil pessoas passaram pela manifestação em frente à Câmara durante toda a terça-feira, reunidos para reforçar o apoio e impedir a entrada dos vereadores no prédio. A população mobilizada reivindica a retirada do pacote de ajuste fiscal da votação pelo plenário da Câmara.

Apesar da mobilização, alguns parlamentares entraram no espaço, e garantiram o quórum necessário para a votação. Por falta de estrutura e pela pressão dos manifestantes, a sessão foi suspensa.

Servidores e professores da rede municipal também se reuniram no local já na segunda-feira, mas foram surpreendidos com cercas que foram instaladas ao redor da Câmara. Desde o dia 12 de junho, as duas categorias estão em greve. 
 

Edição: Ednubia Ghisi