Paraná

Memória

Ato lembrará 11 anos da morte de Rachel Genofre, em Curitiba

Movimento de mulheres quer rebatizar a Rodoferroviária de Curitiba com o nome da vítima

Curitiba (PR) |
Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre estaria hoje com 19 anos
Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre estaria hoje com 19 anos - Divulgação

Nesta terça-feira, 5 de novembro, a Frente Feminista de Curitiba e Região Metropolitana promoverá atos para lembrar do assassinato da menina Rachel Maria Lobo Genofre e cobrar justiça para tantas outras mulheres cujos casos permanecem sem solução. Após 11 anos, a polícia identificou o autor do crime: o réu confesso Carlos Eduardo dos Santos, de 54 anos, que estava preso em Sorocaba (SP) e teve seu DNA comparado com o da cena do crime.

Segundo o movimento de mulheres, as mobilizações acontecerão em dois momentos. Uma primeira concentração acontecerá na Praça Eufrásio Correia, no Centro da cidade, às 9h. Na sequência, das 11h30 às 13h, será feita uma manifestação por justiça e memória de Rachel na Rodoferroviária, local onde o corpo de Rachel foi encontrado. A mobilização também marcará o lançamento de uma campanha para a mudança do nome da Rodoferroviária para Rachel Maria Lobo Genofre. Para isso, uma petição online já foi lançada.

O caso

Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre estaria hoje com 19 anos. Ela foi assassinada de forma cruel. Desapareceu em 3 de novembro de 2008 depois de sair da escola, Instituto Estadual de Educação do Paraná, por volta das 17h30, e foi vista pela última vez na Rua Voluntários da Pátria, próximo à Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba.

O corpo de Rachel, na época com apenas oito anos, foi encontrado no interior de uma mala, às 2h30 da madrugada do dia 5 de novembro de 2008. O objeto e seus pertences estavam embaixo de uma escada no interior do terminal. A menina estava com o corpo seminu e apresentando sinais de violência sexual e estrangulamento. Ninguém sabe como a mala foi parar na Rodoferroviária. As câmeras de vigilância interna não estavam funcionando.

Em setembro deste ano, o DNA de um preso em Sorocaba foi comparado com o DNA encontrado na cena do crime e revelou que Carlos Eduardo dos Santos é o autor do crime hediondo contra a menina Rachel. O acusado está preso em Curitiba e aguarda julgamento.

A Frente Feminista lançou um evento no Facebook, em que atualiza informações sobre os atos.

Edição: Lia Bianchini