Rio Grande do Sul

Metrô

Aumento de passageiros aponta queda do isolamento social em Porto Alegre

No Rio Grande do Sul, o índice de isolamento social está em 42,1%, bem abaixo do mínimo necessário de 70%

Porto Alegre | BdF RS |
Funcionárias higienizam trens da Trensurb antes da circulação - Angelo Pieretti/Trensurb

O aumento de usuários no metrô de superfície de Porto Alegre dá uma ideia de como está se reduzindo o isolamento social na capital gaúcha. Na segunda-feira (04), a Trensurb transportou 59,8 mil passageiros. É um acréscimo de 32 mil pessoas na comparação, por exemplo, com o dia 26 de março quando o total de embarques ficou em 27,4 mil. No Rio Grande do Sul, o índice de isolamento social, medido por empresa contratada pelo governo estadual, está em 42,1%, bem abaixo do mínimo de 70% defendido pelas autoridades sanitárias.

Se o número de passageiros ainda é pequeno na comparação com a demanda dos tempos de antes da pandemia – 160 mil/dia – é muito expressivo ao sinalizar o afrouxamento das regras do isolamento e a maior pressão para as pessoas retornarem às ruas.

O gerente de comunicação da Trensurb, Jânio Ayres, assegura que nos trens e estações a situação está sob controle. A empresa higieniza trens e terminais, exige uso de máscaras, impede aglomerações e usa composições com oito vagões, permitindo maior distanciamento entre os passageiros. “Não há uma limitação para o uso do sistema por parte da população, mas contamos com o bom senso de todos para que adotem as medidas de proteção adequadas”, comenta.

O crescimento da movimentação nos trens praticamente coincide com a reabertura do comércio da Capital, desde terça (05) liberado pelo prefeito Nélson Marchezan (PSDB) para o retorno das atividades do segmento de bens e serviços não essenciais, o que abrange autônomos, profissionais liberais, microempreendedores e microempresas.

Para Paulo Kruse, presidente do Sindilojas, o sindicato dos lojistas da capital, a reabertura é um elemento “muito positivo”, embora o mesmo não se possa dizer das vendas previstas. Na semana do Dia das Mães ele calcula uma queda de 70% das vendas totais. O que se deve, na sua opinião, ao fato de muitas lojas permanecerem sem autorização para abrir. E também à menor presença de clientela por conta da pandemia.

Edição: Katia Marko