Rio Grande do Sul

SAÚDE PÚBLICA

Após recordes de casos e mortes por dengue no estado, SES estuda estratégias 

Em 2022, o RS registrou 66.726 casos e 66 óbitos, em 454 municípios. Nos seis dias de 2023, já foram 13 notificações

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Nos seis primeiros dias de 2023 foram registradas 13 notificações, ainda sem nenhuma confirmação ou óbito - Foto: Divulgação/SES

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizou uma reunião técnica nesta terça-feira (3) para elaborar estratégias de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti. A partir de 16 de janeiro, a pasta deve elaborar comunicados de risco sobre a dengue, com periodicidade semanal e com foco regional. Também será realizado um curso de manejo clínico de casos de dengue, voltado à Atenção Primária em Saúde (APS).

A preocupação tem motivo de ser, uma vez que no ano de 2022, o estado bateu recorde de casos confirmados e de óbitos. Foram 66.762 casos e 66 óbitos, em 454 cidades gaúchas. No ano anterior foram 10.591 pessoas infectadas e 11 mortes. Nos seis primeiros dias de 2023 foram registradas 13 notificações, ainda sem nenhuma confirmação ou óbito. 

De acordo com a secretária Arita Bergmann, a intenção dos comunicados é dar suporte de dados para que os municípios possam também definir as estratégias próprias de enfrentamento. “É uma política pensada a partir do território, onde o estado oferece aos gestores municipais os dados para a elaboração das estratégias de combate”, explica.

Na reunião, o diretor adjunto do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Marcelo Valandro, destacou melhorias que estão sendo elaboradas no painel de acompanhamento da dengue, para permitir uma avaliação multifatorial, com dados ambientais, laboratoriais e genômicos que auxiliem na elaboração das avaliações de risco. A SES também deve elaborar uma campanha publicitária de conscientização sobre a dengue.

Os dados do painel podem ser acompanhados aqui.

Orientações à população:

Quais os sintomas da dengue?

Febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas no corpo, vômitos, diarreia e náuseas.

O que fazer no surgimento de sintomas?

Procurar atendimento de saúde.

Evitar automedicação, mas se necessário medicar-se antes de procurar atendimento de saúde, optar pelos analgésicos simples: paracetamol e dipirona.

Não utilizar anti-inflamatórios (naproxeno, ibuprofeno, diclofenaco, piroxicam, nimesulida).

Medidas individuais de proteção:

Utilizar repelente para o corpo. Se você está com suspeita ou é um caso confirmado de dengue, assim você evita que os mosquitos sejam infectados e contaminem mais pessoas. Se você não tem a doença, você se protege dela.

Utilizar repelente de ambiente.

Utilizar roupa que proteja braços, pernas e pés.

Usar mosquiteiro, em especial em pessoas acamadas e/ou crianças.

Telar as portas e janelas das casas.

Como interromper o ciclo de vida do mosquito?    

Revisar a área em torno da residência ou local de trabalho uma vez por semana, procurando possíveis criadouros e eliminando-os.

Descartar adequadamente resíduos sólidos inservíveis que possam acumular água (potes, latas, garrafas, pneus, entre outros), destinando à coleta seletiva ou entregando em recicladoras.

Jogar fora na terra ou em superfície seca a água acumulada dos potes: não jogar a água em outro local com água, pois o ciclo de vida continuará.

Lavar com esponja, água e sabão, ao menos uma vez por semana, os potes que não podem ser colocados fora.

Preencher pratos de plantas com terra.

Garantir que caixas d’água ou cisternas de armazenamento estejam bem fechadas.

Cobrir possíveis saídas (ladrão) de caixas d’água ou cisternas com tela ou meia de nylon.

Telar portas e janelas das edificações.

Usar mosquiteiro, em especial em pessoas acamadas e/ou crianças.

Utilizar repelentes (individuais ou elétricos).

Eliminar mosquitos adultos (de dentro de casa ou entorno da residência) utilizando métodos domésticos (raquetes elétricas, inseticidas aerossóis para mosquitos, etc.).


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Edição: Katia Marko