Minas Gerais

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Crônica | Burilando

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Imagem ilustrativa - Foto: Freepik
Fui desafiado numa brincadeira muito inusitada

Dia desses, numa resenha boa demais da conta, com uma amiga querida, inteligente, gentil, elegante e sincera, fui desafiado numa brincadeira muito inusitada: conjugarmos o verbo burilar em todos os modos e tempos do presente, do passado e do futuro.

Eu aceitei de pronto! E disse a poderosa: - Venha!

Ainda falei: pode começar! Começa pelo presente do indicativo. Vai lá!

Ela começou:

- eu burilo
tu burilas
ele burila
nós burilamos
vós burilais
eles burilam

-Sou eu agora, né? Fala qual tempo você quer?

-Conjuga aí no futuro do pretérito. Quero ver agora, o correria escritor das quebradas – falou ela com seu estilo irretocável. Deu uma risada muito gostosa.

-Lá vou eu:

- eu burilaria
tu burilarias
ele burilaria
nós burilaríamos
vós burilaríeis
eles burilariam

E era uma tarde chuvosa entalhada em um dos longos dias cortantes de janeiro. A batalha continuou numa pegada de fortalecer o corre de conhecer e socializar.  

Enquanto eu burilava ali...

 

Rubinho Giaquinto é músico, escritor e militante do Coletivo Solidariedade Cidadã

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Leia outras crônicas de Rubinho Giaquinto em sua coluna no Brasil de Fato MG

 

Edição: Elis Almeida